Reconhecimento ambulante
uma abordagem biopolítica
DOI:
https://doi.org/10.23925/2179-3565.2023v15i1p143-153Palavras-chave:
Inteligência Artificial, Biopolítica, Discurso, Previsão, IntervençãoResumo
Este artigo pretende analisar como o reconhecimento ambulante opera em um sistema mecânico que lida com a incerteza e o uso dela para criar poder biopolítico. Os objetivos são identificar a teoria da física como ela se conecta com a abordagem filosófica. A hipótese é que esse sistema funciona em uma estrutura idêntica às leis da física quântica. Novas técnicas algorítmicas têm levado ao exercício do poder disciplinar biopolítico foucaultiano sobre os corpos no presente, utilizando as incertezas sobre o futuro como fonte bruta para definir intervenções. A previsão algorítmica e o modelo panóptico estão enraizados no desejo de compreender e exercer poder sobre os corpos. Verificou-se que, um algoritmo preditivo implica linhas temporais distintas e expande o tempo, o que ressoa com o modelo de possibilidades e incertezas de Schrödinger, particularmente quando a intervenção do observador pode alterar o estado de coisas. Enquanto o passado oferece matéria-prima limitada para manipulação (como no livro "1984"), o futuro fornece uma fonte especulativa inesgotável de cenários hipotéticos (como no livro "Foundation" de Isaac Asimov) para a IA, potencialmente diminuindo a centralidade da autodeterminação humana sobre as vidas.
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