Semiótica das relações entre humanos e robôs

Autores

  • Marina Costin Fuser Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0931-0673

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2021i24p41-57

Palavras-chave:

Relação humano-robô, Gênero e IA, Feminismo e tecnologia, Robôs feministas

Resumo

Este artigo é uma tentativa de cartografar como os estudos feministas abordam experiências entre humanos e robôs dentro dos campos da semiótica, dos estudos culturais e da teoria crítica. A autora faz um mergulho nas teorias, nas especulações e nos relatos de observação (em que o corpo do observador tende a ser incluído) nas pesquisas sobre Inteligência Artificial e cultura cibernética. Ela procura relacionar conversas, continuidades e hiatos entre as interpretações acerca da relação entre o humano e o robô, o humano e o pós-humano, e as fissuras dos códigos quando aproximamos dessa região fronteiriça. Em que medida relações de gênero e alteridade adquirem relevância nos debates ciberculturais?

Biografia do Autor

Marina Costin Fuser, Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Marina Costin Fuser é cientista social, doutora em cinema e estudos de gênero em Sussex (CAPES), com doutorado-sanduíche em Berkeley. Atualmente faz pós-doutorado no IEA-USP sobre tecnologias de aprendizagem e em tecnologias da inteligência sobre a semiótica de robôs feministas no TIDD/PUC-SP. Dentre suas pesquisas, se destacam: um estudo acerca da emancipação da mulher em Simone de Beauvoir, mulheres no teatro político de Hilda Hilst, e o nomadismo no cinema de Trinh T. Minh-ha. Em Sussex, lecionou no campo de estudos culturais. Publicou os livros Palavras que Dançam à Beira de um Abismo: Mulher na dramaturgia de Hilda Hilst (EDUC) e co-editou Mulheres Atrás das Câmeras: As Cineastas Brasileiras de 1930 a 2018 (Estação Liberdade).

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Publicado

2022-03-09