A periferia é protagonista
o uso ético e transformador da inteligência artificial
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-3585.2023i28p131-149Palavras-chave:
periferia, inteligência artificial colonial, hegemoniaResumo
Este artigo é mais do que um relato de estudo, é um ato. Um ato de romper o silêncio, de erguer a voz e ecoar as lutas interseccionais que, por vezes, são silenciadas e segregadas. É um alerta por mudança, um chamado à consciência e à visibilidade. Aqui, subverte-se a narrativa hegemônica da lógica colonial, que fragmenta e desvaloriza as diversas frentes de luta e busca construir pontes por meio da tecnologia, especialmente das Inteligência Artificial.
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