A periferia é protagonista

o uso ético e transformador da inteligência artificial

Autores

  • Ana Maria dos Santos Rodrigues Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2023i28p131-149

Palavras-chave:

periferia, inteligência artificial colonial, hegemonia

Resumo

Este artigo é mais do que um relato de estudo, é um ato. Um ato de romper o silêncio, de erguer a voz e ecoar as lutas interseccionais que, por vezes, são silenciadas e segregadas. É um alerta por mudança, um chamado à consciência e à visibilidade. Aqui, subverte-se a narrativa hegemônica da lógica colonial, que fragmenta e desvaloriza as diversas frentes de luta e busca construir pontes por meio da tecnologia, especialmente das Inteligência Artificial.

Biografia do Autor

Ana Maria dos Santos Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestranda no programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital TIDD na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP. Pós graduanda em Gestão Escolar pela USP / Esalq, bolsista. Pedagoga formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pesquisadora colaborativa em grupos de pesquisa atuando principalmente nos seguintes temas: Educação, Inteligência Artificial, Antirracismo Contato: anarodrigues877@gmail.com.

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Publicado

2024-06-14