Algumas reflexões acerca da psicoterapia daseinsanalítica com pacientes psiquiátricos

Autores

  • Paulo Eduardo Rodrigues Alves Evangelista Universidade Paulista

Palavras-chave:

Daseinsanalyse, Psicoterapia, Psicopatologia, Fenomenologia Existencial

Resumo

O presente artigo tece considerações e propõe referências para balizar a prática do psicoterapeuta fundamentado na Daseinsanalyse (ou psicologia fenomenológico-existencial) com pacientes psiquiátricos. Tais reflexões brotam da prática como supervisor clínico, que manifesta as dificuldades de terapeutas neófitos da lida com pacientes sob tratamento psiquiátrico concomitante. Para isso, retoma a história da fenomenologia na psiquiatria, enfatizando o caso de paciente descrito por Minkowski. Diferenciam-se a psiquiatria, a psicopatologia e a psicoterapia. Embora as fronteiras destas disciplinas se cruzem, elas são essencialmente diferentes quanto ao objetivo. A psiquiatria é uma modalidade terapêutica (no sentido etimológico de therapeia), ao passo que a psicopatologia é ciência que fornece suporte para o psiquiatra. O objetivo da psicoterapia é sublinhado, a fim de esclarecer o modo e o sentido do estar junto do psicoterapeuta com o paciente: resgatar a liberdade humana para deixar serem os entes que solicitam manifestação na clareira de mundo que cada existência é. Dessa forma, o psicoterapeuta nunca atende um caso de psicopatologia, mas, sim, uma existência.

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Biografia do Autor

Paulo Eduardo Rodrigues Alves Evangelista, Universidade Paulista

Psicoterapeuta. Professor, supervisor clínico e líder de disciplinas ligas à psicologia fenomenológica na Universidade Paulista (UNIP). Doutor em Psicologia pela USP.
Colaborador voluntário do LEFE-IPUSP

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Publicado

2016-09-25

Como Citar

Evangelista, P. E. R. A. (2016). Algumas reflexões acerca da psicoterapia daseinsanalítica com pacientes psiquiátricos. Psicologia Revista, 25(1), 59–75. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/29611

Edição

Seção

Artigos Teóricos