Anacronismo e discurso da solidariedade humana: Borges em (sobre) Poema conjetural

Autores

  • Gustavo Ponciano Universidade Federal de Goiás / CNPq

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2017i19p229-252

Palavras-chave:

Literatura moderna, Literatura argentina, Literatura comparada

Resumo

Em 4 de julho de 1943, Jorge Luis Borges publica Poema conjetural, texto que segue a consciência de Francisco Narciso de Laprida, personagem histórico da independência argentina, no momento de sua morte. O poema contém uma crítica política que, no entanto, está instalada nas sutilezas da simetria de datas (o golpe militar de 1943 deu-se em 4 de junho) e do uso de um anacronismo na conjectura de Laprida, o termo sudamericano. O presente artigo observa como Borges retomou, em conferência e entrevistas, seu Poema conjetural para agregar comentários que destacam o anacronismo e a crítica política nele sugerida. Defendemos a ideia de que estes textos envelopantes revelam o desejo do autor de assinalar em seu poema a presença de um pathos, um discurso da solidariedade humana direcionada ao sul-americano. É na presença da ambivalência do discurso em (sobre) Poema conjetural que o anacronismo poema histórico/poema contemporâneo alcança potência máxima.

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Biografia do Autor

Gustavo Ponciano, Universidade Federal de Goiás / CNPq

Mestre em estudos literários (poéticas da modernidade); doutorando na mesma área. bolsista do CNPq.

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Publicado

2017-12-04

Como Citar

Ponciano, G. (2017). Anacronismo e discurso da solidariedade humana: Borges em (sobre) Poema conjetural. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (19), 229–252. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2017i19p229-252

Edição

Seção

Ensaios Literários