Paternidade e maternidade na adolescência:
vulnerabilidades e percepções
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2020v22i3a3Palavras-chave:
gravidez na adolescência, paternidade, comportamento materno, educação em saúdeResumo
Objetivos: Avaliar percepções sobre sexualidade, implicações da gravidez na adolescência, suas consequências e responsabilidades, propiciando identificar e refletir sobre os fatores contributivos e desdobramentos ocasionados pela maternidade e paternidade precoces. Metodologia: Trata-se de estudo transversal descritivo. As informações foram obtidas através da aplicação de questionários sobre o conhecimento e dos fatores contribuintes para a gravidez precoce, segundo jovens estudantes no município de Sorocaba. Resultados: A pesquisa foi realizada em cinco escolas públicas, totalizando 233 alunos. Com relação à sexualidade, a métodos contraceptivos e à gravidez, evidenciou-se que 22,6% dos adolescentes buscam conhecimento na família, enquanto 10,6% buscam com médicos. Em termos percentuais, 64,4% das meninas e 70,5% dos meninos tiveram a primeira relação entre 15 e 17 anos, dos quais 64,8 e 22,8%, respectivamente, fazem pouco uso do preservativo masculino, ou não o fazem. Ademais, 89 e 92% destes consideram a gravidez na adolescência prejudicial para sua formação biopsicossocial. A precocidade da menarca, das relações sexuais e o desconhecimento sobre métodos contraceptivos podem propiciar uma gestação indesejada. Aspectos próprios da adolescência os expõem a esse risco e às infecções sexualmente transmissíveis. O papel da família, dos profissionais da saúde e dos educadores é de fundamental importância, cuja orientação e diálogo, desprovidos de julgamento, impactam vigorosamente nas escolhas dos jovens. Conclusão: A ação conjunta de educadores e profissionais da saúde amplia o conhecimento dos jovens sobre educação sexual, de modo que os programas de saúde oferecidos pelo SUS sejam eficazes na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e da gestação precoce.
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