Contribuições da diversidade geracional para a aprendizagem organizacional

Autores

  • Daniela Siqueira Colet Universidade de Passo Fundo
  • Anelise Rebelato Mozzato Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.23925/recape.v11i3.48300

Palavras-chave:

Diversidade geracional, Aprendizagem intergeracional, Aprendizagem organizacional

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal propor um esquema conceitual analítico que facilite a compreensão das contribuições da diversidade geracional para a aprendizagem organizacional (AO), sob a abordagem baseada em prática na perspectiva sociológica. Realizou-se um estudo de caso múltiplo qualitativo, de natureza exploratória e descritiva. Com a aplicação do esquema conceitual analítico, os resultados revelam que, nas práticas cotidianas de trabalho ocorre a aprendizagem por meio das relações sociais e das interações. Numa relação processual, acontece a transferência, o compartilhamento, a criação e a reconstrução de conhecimento, resultando em aprendizagem intergeracional que contribui para com a AO.

Referências

Abreu-Cruz, L., Oliveira-Silva, L. C., Werneck-Leite, C. D. S. (2019) As novas gerações não têm comprometimento? Diferenças no comprometimento organizacional ao longo dos grupos geracionais. Revista de Carreiras & Pessoas – ReCaPe, 9(2), 192 – 208.

Antonacopoulou, E. P. (2001). Desenvolvendo Gerentes Aprendizes dentro de Organizações

de Aprendizagem. In: Easterby-Smith, Mark et al.(Org.). Aprendizagem organizacional e organização de aprendizagem. São Paulo: Atlas, 15-34.

Antonello, C. S. (2011). Saberes no singular? Em discussão a falsa fronteira entre aprendizagem formal e informal. In: Antonello, C. S., & Godoy, A. S. (Ed.). Aprendizagem organizacional no Brasil. Porto Alegre: Bookman, 225-245.

Antonello, C. S., & Godoy, A. S. (2010). A Encruzilhada da Aprendizagem Organizacional: Uma visão Multiparadigmática. Revista de Administração Contemporânea, 14(2), 310-332.

Azevedo, D. (2013). Aprendizagem Organizacional e Epistemologia da Prática: Um Balanço de Percurso e Repercussões. Revista interdisciplinar de gestão social, 2(1), 35- 55.

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bertolin, R. V., Cappelle, M. C. A., & Brito, M. J. (2014). Corporeidade e estética na aprendizagem organizacional: insights emergentes. Revista de administração Mackenzie, 15(2), 15-37.

Bispo, M. S. (2013). A aprendizagem organizacional baseada no conceito de prática: contribuições de Silvia Gherardi. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, 14(6), 133-162.

Bova, B., & Kroth, M. (2001). Workplace learning and Generation X. Journal of Workplace Learning, 13(2), 57-65.

Colet, D. S., & Mozzato, A. R. (2019). Nativos digitais? características atribuídas por gestores à geração Z. Desenvolve - Revista de gestão do Unilasalle, Rio Grande do Sul, 8(2), 5-40.

Collistochi, C. C., da Fonseca, T. L., da Silva, A. N., Watanabe, C. G., Bertoia, N., & Nakata, L. E. (2012). A relação entre as gerações e o processo de aprendizagem em uma organização bancária. Encontro Da Associação Nacional De Pós-graduação E Pesquisa Em Administração, 36.

Cordeiro, H. T. D., Freitag, B. B., Fischer, A. L., & Albuquerque, L. G. (2013). A questão das gerações no campo da gestão de pessoas: tema emergente?. Revista de Carreiras e Pessoas, 3(2), 2-18.

Corradi, G., Gherardi, S., & Verzelloni, L. (2010). Through the practice lens: Where is the bandwagon of practice-based studies heading? Management Learning, 41(3), 265-283.

Costa, L. A. (2011). Ambiente organizacional e sua influência no processo de aprendizagem dos indivíduos. In: Antonello, C. S., & Godoy, A. S. (Ed.). Aprendizagem organizacional no Brasil. Porto Alegre: Bookman, 301-328.

Culpin, V., Millar, C., & Peters, K. (2015). Multi-generational frames of reference: Managerial challenges of four social generations in the organisation. Journal of managerial psychology, 30(1).

D’amato, A., & Herzfeldt, R. (2008). Learning orientation, organizational commitment and talent retention across generations: a study of european managers. Journal of Managerial Psychology, 23(8), 929-953.

Dencker, J. C., Joshi, A., & Martocchio, J. J. (2007). Employee benefits as context for intergenerational conflict. Human Resource Management Review, 17(2), 208-220.

Denzin, N., & Lincoln, Y. 4. Ed. (2011). Handbook of qualitative research. San Diego: Sage publications.

Durante, D., Veloso, F., Machado, D., Cabral, A., & Santos, S. (2019). Aprendizagem Organizacional na Abordagem dos Estudos Baseados em Prática: Revisão da Produção Científica. Revista de Administração Mackenzie, 20(2), 1-28.

Flach, L., & Antonello, C. (2011). Organizações culturais e a aprendizagem baseada em práticas. Cadernos EBAPE. BR, 9(1), 156-175.

Flick, U. (2009). Introdução à Pesquisa Qualitativa-3. Artmed Editora.

Gagliardi, P. (2009). Explorando o lado estético na vida organizacional. In: Clegg, S. R., Hardy, C., & Nord, W. R. Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2.

Garvin, D. A. (2000). Learning in action: a guide to putting the learning organization to work. Boston: Harvard Business.

Gerpott, F. H., Lehmann-Willenbrock, N., & Voelpel, S. C. (2016). Intergenerational learning in organizations: A framework and discussion of opportunities. In The aging workforce handbook: Individual, organizational, and societal challenges, 241-267.

Gherardi, S. (2000). Where learning is: metaphors and situated learning in a planning group. Human Relations, 53(8),1057-1080.

Gherardi, S. (2001). From organizational learning to practice-based knowing. Human Relations, 54(1), 131–139.

Gherardi, S. (2006). Organizational Knowledge: the texture of workplace learning. London: Blackwell.

Gherardi, S. (2008). Situated knowledge and situated action: what do practice-based studies promise? In: Barry, D., & Hansen, H. New approaches in management and organization. London.

Gherardi, S. (2009a). Introduction: the critical power of the practice lens. Management learning, 40(2), 115-128.

Gherardi, S. (2009b). Knowing and learning in practice-based studies: an introduction. The Learning Organization, 16(5), 352-359.

Gherardi, S. (2014). Conhecimento situado e ação situada: o que os estudos baseados em prática prometem. In: Gherardi, S., & Strati, A. Administração e aprendizagem na prática. Rio de Janeiro: Elsevier.

Gherardi, S. (2015). To start practice theorizing anew: The contribution of the concepts of agencement and formativeness. Organization, 1(19), 1-19. Doi: 0.1177/1350508415605174

Gherardi, S., & Nicolini, D. (2001). The sociological foundations of organizational learning. In:Dierkes, M. et al. (Org.) Organizational learning and knowledge. Oxford: Oxford University Press.

Gherardi, S., Nicolini, D., & Odella, F. (1998). Toward a social understanding of how people learn in organizations. Management Learning, 29(3), 273-297.

Gherardi, S., Nicolini, D., & Odella, F. (2001). The Sociological Foundations of Organizational Learning. In: DIERKES et al., Handbook of organizational learning and knowledge. Oxford: Oxford University.

Mannheim, K. (1993). El problema de las generaciones. Revista Española de Investigaciones Sociológicas (REIS), 62, 145-168.

Marsick, V., & Watkins, K. (1997). Lessons from informal and incidental learning. In: Burgoyne, J., & Reynolds, M. (Eds), Management Learning: Integrating Perspectives in Theory and Practice. Sage: Thousand Oaks, 295-311.

Mozzato, A. R.., & Grzybovski, D. (2011). Análise de conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da administração: potencial e desafios. Revista de Administração Contemporânea, 15(4), 731-747.

Mozzato, A. R., Grzybovski, D., & Teixeira, A. N. (2016). Análises qualitativas nos estudos organizacionais: as vantagens no uso do software Nvivo®. Revista Alcance, 23(4), 578-587. Doi: alcance.v23n4.p578-587

Nascimento, N. M., dos Santos, J. C., Valentim, M. L. P., & Moro-Cabero, M. M. (2016). O estudo das gerações e a inteligência competitiva em ambientes organizacionais. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 6(1), 16-28.

Nakata, E. L. (2009). As expectativas de aprendizagem nas organizações que buscam e destacar pelo clima organizacional. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade de São Paulo, 2009.

Nicolini, D., Gherardi, S., & Yanow, D. (2003). Knowing in organizations: a practice based approach. Armonk: M. E. Sharpe.

Nogueira, R. A., & Odelius, C. C. (2015). Desafios da Pesquisa em Aprendizagem Organizacional. Cadernos EBAPE.BR, 13(1), 83-83.

Oliveira, S. R., Piccinini, V. C., & Bitencourt, B. M. (2012). Juventudes, gerações e trabalho: é possível falar em geração Y no Brasil? Organizações & Sociedade, 19(62), 551-558.

Orzea, I., & Bratianu, C. (2012). Intergenerational learning in ageing societies. In Proceedings of the 9 International Conference on Intellectual Capital, Knowledge Management and Organizational Learning-ICICKM, 193-200.

Panosso, O., Larentis, F., Fachinelli, A. C., Antonello, C. S., & Camargo, M. E. (2017). Processos de Aprendizagem Organizacional e Indicadores de Desempenho: Estudo com Gestores Empresariais. Revista de Negócios, 4(22), 19-39.

Parry, E., & Urwin, P. (2011). Generational differences in work values: A review of theory and evidence. International journal of management reviews, 13(1), 79-96.

Rodrigues, B., & Azevedo, D. (2013). Entre facas e chairas – um estudo sobre a aprendizagem baseada em prática de açougueiros. Desenvolve, Canoas, 2(2), 117-136.

Sandberg, J., & Tsoukas, H. (2001). Grasping the logic of practice: theorizing through practical rationality. Academy of Management Review. 36(2), 338-360.

Silva, R. C., Dutra, J., & Veloso, E. (2014). O conhecimento e a experiência em sobreposição à idade: a Gestão das gerações de uma organização industrial. Gestão Contemporânea, 15, p. 254-277.

Smola, K.W., & Sutton, C. D. (2002). Generational Differences: revisiting generational work values for the new millenium. Journal of Organizational Behavior, 23, 363-382.

Sprinkle, T. A., & Urick, M. J. (2018). Three generational issues in organizational learning: Knowledge management, perspectives on training and “low-stakes” development. The Learning Organization, 25(2), 102-112. https://doi.org/10.1108/TLO-02-2017-0021

Strati, A. Organização e estética. (2007). Rio de Janeiro: FGV.

Yin, R. K. (2005). Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman.

Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso.

Publicado

2021-09-01