Bakhtin e Benjamin: sobre Goethe e outras questões

Autores

  • Tatiana Bubnova Universidad Nacional Autónoma de México – UNAM

Palavras-chave:

Experiência, Destino, Linguagem, Misticismo, Materialismo

Resumo

Este artigo reexamina as afinidades e as diferenças entre o pensamento de Bakhtin e Benjamin. Ambos são importantes para aquele ramo da filosofia contemporânea que analisa os destinos do século XX e pertencem à época atual pós-secular. Ambos compreendem nosso mundo por meio do procedimento de revisão de nossas experiências de vida, a fim de encontrar elementos que nos ajudem a avaliá-la e fornecer uma orientação para nossa situação atual. Há semelhanças na recepção de suas ideias. Na América Latina, Bakhtin e Benjamin são frequentemente interpretados num sentido político e servem como base para se refletir sobre acontecimentos históricos e fatos da cultura contemporânea. Os trabalhos de Benjamin são mais frequentemente publicados, disseminados e comentados do que aqueles de Bakhtin. O foco principal deste artigo é estudar como Goethe serviu de catalizador ou pivô para as iluminações particulares desses dois pensadores. Nessa perspectiva, Bakhtin e Benjamin são vistos como vasos comunicantes, a despeito de suas diferenças em questões de linguagem, do papel que Kant desempenha em seus pensamentos ou dos textos que interessaram a ambos. A concepção materialista de linguagem de Bakhtin opõe-se bastante ao misticismo messiânico de Benjamin.

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Publicado

2015-11-16

Como Citar

Bubnova, T. (2015). Bakhtin e Benjamin: sobre Goethe e outras questões. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 11(1), Eng. 129–151 / Port. 145. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/24664

Edição

Seção

(2) Bakhtin e nosso tempo