Romancização ou serialização: ou diferentes formas de tempo

Autores

  • Peter Hitchcock Graduate Center and Baruch College

Palavras-chave:

Romancização, Serialização, Ideologias, Modernidade, Nação

Resumo

Este artigo explora a noção bakhtiniana de romancização no que se refere à sua teoria de tempo e serialização. Bakhtin, para quem o romance é histórico, mas sem história, remonta à Grécia antiga para traçar a história do romance. Sem dar a ele uma identidade fixa, compreende-o em termos de tendências e crises. A romancização, para Bakhtin, é um meio de tornar a história literária acessível a uma análise mais dialógica da forma e um modo discursivo para avaliar ideologias criticamente. Ele enfatiza a habilidade desestabilizadora do romance, sua descentralização do discurso e sua acomodação de vozes não oficiais e estrangeiras. Seu sugestivo relato histórico do desenvolvimento do romance nos permite estender seu pensamento e esboçar a romancização mais como uma condição futura do que uma lei genérica. Bakhtin oferece uma versão problemática de modernidade, na qual o romance ativa a influência do tempo sobre o presente; no entanto, por causa da propensão à crise da modernidade, o tempo é suspenso. O artigo também examina um cronotopo do romance sobre o qual Bakhtin tem pouco a dizer: o tempo/espaço da nação. Benedict Anderson e Etienne Balibar, cujos interesses incluem temas relacionados ao comparatismo, ao multiculturalismo e ao pós-colonialismo, questionam a ideia de nação por meio de análises em que o gênero romanesco é privilegiado.

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Publicado

2015-11-16

Como Citar

Hitchcock, P. (2015). Romancização ou serialização: ou diferentes formas de tempo. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 11(1), Eng. 165–182 / Port. 187. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/24995

Edição

Seção

(2) Bakhtin e nosso tempo