Lótman continua a surpreender: revoluções e emoções coletivas

Autores

Palavras-chave:

Iúri Lotman, Semiótica das emoções, Semiótica do medo, Comportamento social, Caça às bruxas, Bode espiatório

Resumo

Entre 1988 e 1993, Iúri M. Lótman formulou algumas proposições sobre “a voz da massa anônima”: uma voz coletiva que, em certas situacões ligadas a crises de caráter cultural, é portadora de paixões violentas que podem produzir interferências profundas no curso da história. Em seus últimos trabalhos, o semioticista russo postulou, diante disso, a noção de uma semiótica das emoções como objeto de estudo para entender a dinâmica cultural, em especial de períodos tidos como revolucionários ou de transição, a saber, quando a massa anônima é capaz de manipular os eventos ou quando, revendo o passado, confere aos eventos uma interpretação distorcida. Lótman focalizou, principalmente, a relação entre as grandes fraturas históricas, os mecanismos de autopropagação do medo e a criação cultural de bodes expiatórios. O presente estudo visa abordar a reflexão de Lótman sobre perseguição, com especial atenção à figura da mulher durante o fenômeno de caça às bruxas.

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Biografia do Autor

Laura Gherlone, Universidad Nacional de Córdoba

Postdoc researcher, University of Cordoba, Faculty of Languages

Publicado

2019-11-16

Como Citar

Gherlone, L. (2019). Lótman continua a surpreender: revoluções e emoções coletivas. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 14(4), Port. 170–191 / Eng. 163. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/38371

Edição

Seção

Artigos