A figura do herói aparece ao longo da trajetória intelectual de Hegel. Ele apresenta muitas figuras de heróis que atravessam a história, desde a antiga Grécia até a modernidade. Para compreender quem são os heróis, é preciso levar em conta a teoria da ação que justifica o agir do herói na história. Os indivíduos realizam seus interesses movidos por paixões particulares, porém, eles são aliados do universal, pois o resultado da atividade particular efetiva o universal. Ou seja, na ação de um indivíduo, o interesse particular e universal é inseparável do histórico universal. Hegel pensa a história conforme o princípio da liberdade que funciona como critério evolutivo da humanidade, ou seja, os povos que concebem a liberdade em grau mais elevado é que evoluem na história. O herói ou o grande homem estão inseridos dentro deste princípio da liberdade, agindo para implementar o espírito de seu tempo e o Espírito do mundo. Aqueles indivíduos que sabem combinar sua paixão pelos interesses subjetivos e sua paixão pelos interesses universais são os grandes homens da história.