Investigações sobre o conceito de metáfora

Autores

  • Daniel Luis Cidade Gonçalves Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-8428.2018v15i1p83-95

Palavras-chave:

Metáfora, Progresso, Linguagem

Resumo

Resumo: O objetivo deste artigo é apresentar e aprofundar a compreensão do conceito de metáfora, tal como ele é elaborado pelo filósofo norte-americano Richard Rorty e explorar sua importância para a filosofia. A metáfora é entendida aqui como uma fonte de crenças que compreende a linguagem como inserida em um domínio infinito de possibilidades, uma vez que consiste em algo que vem do exterior de nosso espaço lógico. Segundo Rorty, todos os seres humanos possuem um conjunto de palavras que podem ser utilizados para justificar suas convicções, todavia, quando uma dúvida é lançada sobre o valor destas palavras, seu usuário dispõe apenas de recursos argumentativos circulares para defender tal valor. Metáforas seriam então ruídos desconhecidos, que não possuem qualquer sistema ou estrutura que as liguem com o convencional. Elas residem no limiar da tradição e daquilo que ainda não foi pensado, são surpresas inesperadas. Seu propósito é nos libertar da linguagem que usamos atualmente. Os termos com que justificamos nossas convicções atuais estão fadados à obsolência e o progresso pode ser compreendido como um processo de literalização de metáforas que nos permita mudar o modo como falamos e concebemos o mundo. Comparamos diferentes vocabulários, descartando os que nos parecem ruins e mantendo os que nos parecem desejáveis. Para isso, o estímulo de encontros livres e francos é indispensável.

Biografia do Autor

Daniel Luis Cidade Gonçalves, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Doutor em Ética e Filosofia Política na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bacharel, licenciado e mestre pela mesma instituição. Professor substituto na Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB).

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Publicado

2018-06-29

Edição

Seção

Artigos