TRAÇADO URBANO E A CONSTRUÇÃO DA CIDADE BARROCA

SÃO PAULO NOS SETECENTOS COLONIAIS

Autores

  • Francisco Isaac Dantas de Oliveira UFRN-CERES/Caicó, Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-4174/v2.2023e64446

Palavras-chave:

São Paulo, cidade, barroco

Resumo

O barroco foi um estilo artístico que construiu cidades. Durante muito tempo, a
historiografia produzida no Brasil não olhou com mais atenção para a história do drama barroco
na cidade de São Paulo. Essa sempre foi vista como cidade construída a partir do dinheiro do
café, cidade moderna e locomotiva do Brasil. O barroco é um estilo artístico ligado na maioria
das vezes as cidades de Minas Gerais, a cidade do Rio de Janeiro e as cidades do litoral
açucareiro do Nordeste do Brasil. Essa pesquisa constatou que a cidade de São Paulo foi tão
dramática e barroca como os exemplos citados aqui. Fiz um breve apanhado geral a partir da
nova historiografia sobre cidades barrocas e busquei analisar a presença marcante do barroco
como “estilo construtor” da cidade de São Paulo, nesse sentido, os poderes político e religioso
trabalharam juntos e construíram a São Paulo colonial ao modelo português, fizeram dela uma
cidade barroca como tantas outras do Império português. A metodologia buscou apoio na vasta
bibliografia especializada para dar suporte a interpretação e entendimento de uma urbe barroca.

Biografia do Autor

Francisco Isaac Dantas de Oliveira, UFRN-CERES/Caicó, Rio Grande do Norte

Doutor em História Social pelo PPGH-PUC-SP (com bolsa CAPES, ano de obtenção do título 2023). É mestre em História e Espaços pelo PPGH-UFRN (2013), especialista em Literatura e Ensino pelo IFRN (2015) e licenciado em História pela Universidade Potiguar - UnP (2009). É aluno do curso de Graduação em Biblioteconomia na UFRN (ano de início 2019). Atualmente trabalha como editor na Editora Biblioteca Ocidente. É editor científico do periódico acadêmico Revista Galo - Arte, Sociedade e Cultura. Em 2021 publicou dois livros: Quatro reflexões sobre o Brasil holandês a partir da arte e Frans Post e as paisagens do Brasil holandês; em 2022, publicou o livro: Três ensaios sobre a história de Natal: Colônia, Império e República; em 2023, organizou o livro: Da Colônia ao Império: história social da América portuguesa ao Império do Brasil (séc. XVI ao XIX). Possuo experiência profissional no Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio nas redes de ensino pública e privada (Natal e Parnamirim). Tem experiência no ensino técnico na UNP, onde lecionou as disciplinas de História da Arte e História Aplicada ao Turismo e Manifestações Culturais (2014-2016). Lecionou na Pós-graduação em Educação Ambiental e Patrimonial no Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy - IFESP (2016). Atuou como assistente de oficina didática em história no Ensino Fundamental 2 no Instituto Santos Dumont (ISD) - Natal (2016-2017). Atuou como pesquisador júnior no arquivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHG-RN) durante a graduação. Desenvolveu também, pesquisas no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Fundação Cultural Ema G. Kablin (SP), e no Instituto Ricardo Brennand (IRB-PE) durante o mestrado. No Doutorado desenvolveu pesquisa no Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS-SP), onde estudou os retratos dos santos e doutores da Igreja Católica pintados por Jesuíno do Monte Carmelo. Na área de história tem experiência nos seguintes temas: História Moderna, História do Brasil Colonial, Frans Post, História da Arte, História da Paisagem, Imagem, História da Holanda, História de São Paulo colonial, Jesuíno do Monte Carmelo, Barroco, Século XVIII, Cidade, Ocidente e Ocidentalização, América e Expansão Ibérica nas Américas. Nas pesquisas relacionadas a História e Literatura tem experiência nos temas de gênero feminino, paisagem oitocentista, literatura romântica e José de Alencar.

Referências

ARRUDA, José J. de Andrade. Introdução. In: Documentos

manuscritos avulsos da Capitania de São Paulo (1644-1830).

Catálogo 1. Bauru, SP: EDUSC; São Paulo, SP: FAPESP: IMESP,

BRESCIANI, Stella. Desfazer o novelo ou caminhar pelo labirinto das

interpretações. in: TORRÃO FILHO, Amilcar. Paradigma do caos ou

cidade da conversão? São Paulo na administração do Morgado de

Mateus (1765-1775). São Paulo: Annablume; Fapesp, 2007.

DERNTL, Maria Fernanda. Método e arte: Urbanização e formação

territorial na capitania de São Paulo, 1765-1811. São Paulo: Alameda,

HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26° ed. São Paulo:

Cia. das Letras, 1995.

REIS, Gilson S. Matos. Conselho Ultramarino. In: Documentos

manuscritos avulsos da Capitania de São Paulo (1644-1830).

Catálogo 1. Bauru, SP: EDUSC; São Paulo, SP: FAPESP: IMESP,

SEGAWA, Hugo. Entre o semeador e o ladrilhador. In: Método e arte:

Urbanização e formação territorial na capitania de São Paulo, 1765-

São Paulo: Alameda, 2013.

TORRÃO FILHO, Amilcar. Paradigma do caos ou cidade da

conversão? São Paulo na administração do Morgado de Mateus (1765-

. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2007.

Downloads

Publicado

2023-11-30

Como Citar

Oliveira, F. I. D. de. (2023). TRAÇADO URBANO E A CONSTRUÇÃO DA CIDADE BARROCA: SÃO PAULO NOS SETECENTOS COLONIAIS. Cordis: Revista Eletrônica De História Social Da Cidade, 2(30), 165–175. https://doi.org/10.23925/2176-4174/v2.2023e64446

Edição

Seção

Dossiê História e Arte