Hieronymus Bosch e análise das imagens
Composição, relação e iconologia
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-4174.36.2025e71406Parole chiave:
Hieronymus Bosch, Análise de imagem, Imagem-objeto, Imagens compostas, IconologiaAbstract
Este artigo analisa as representações visuais nas obras de Hieronymus Bosch, com foco em sua complexidade simbólica e na multiplicidade de sentidos que suas imagens evocam. O objetivo é demonstrar como diferentes abordagens metodológicas, como imagem-objeto, imagens compostas e iconologia, podem ser aplicadas à leitura de suas obras. A metodologia adotada é a revisão bibliográfica, fundamentada em autores como Baschet (1996; 2015), Schmitt (2007) e Warburg. Os resultados indicam que as imagens de Bosch operam não apenas como representações visuais, mas como construções simbólicas profundamente enraizadas nas tensões culturais, religiosas e sociais do século XV. A análise mostra que seus elementos visuais, ao se relacionarem de forma integrada, criam narrativas ambíguas que desafiam interpretações unívocas. Conclui-se que, ao articular essas ferramentas metodológicas, é possível acessar camadas mais profundas de sentido nas obras de Bosch, compreendendo-as como dispositivos visuais de crítica, memória e imaginação coletiva.
Riferimenti bibliografici
BASCHET, Jérôme. Introdução: a imagem-objeto. In: BASCHET, Jérôme; SCHMITT, JeanClaude. L'image. Fonctions et usages des images dans l'Occident médiéval. Trad. Maria Cristina C. L. Pereira Paris: Le Léopard d'Or, 1996. p. 7-26.
BASCHET, Jérôme. Introdução: Pensée figurative et analyse des images. In: BASCHET, Jérôme; DITTMAR, Pierre-Olivier (Orgs.). Les images dans l’occident medieval. Turnhout: Brepols Publishers, 2015. p. 195-197.
BELTING, Hans. Semelhança e presença: a história da imagem antes da era da arte. Rio de Janeiro: Ars Urbe, 2010.
CHARTIER, Roger. Por uma sociologia histórica das práticas culturais. In: A história cultural: entre práticas e representações. Trad. Maria Manuela Galhardo. 2. ed. Lisboa: Difel, 1988. p. 13-28.
DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2013. p. 69.
GERVEREAU, Laurent. Ver, compreender, analisar as imagens. Tradução: Pedro Elói Duarte. Lisboa: Edições 70, 2000.
GOMBRICH, E.H. A História da Arte. 16. ed. São Paulo: Editora LTC & GEN, 2015.
GOOSEN, Louis. De Abadías a Zacarías: temas del antiguo testamento en la religión, las artes pláticas, la literatura, la música y el teatro. Madri: Ediciones Akal, 2006.
JANSON, H.W. Iniciação à História da Arte. 2. ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1996.
NIETZSCHE, Friedrich. Sobre a verdade e a mentira no sentido extramoral. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
OLIVEIRA, Laura Beatriz Alves de. O Sagrado e o Profano em Hieronymus Bosch. 2022. 175 f. Dissertação (Mestrado em História) – Escola de Formação de Professores e Humanidades, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2022.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Mudanças epistemológicas: a entrada em cena de um novo olhar. In: História & História Cultura. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 21-36.
SCHMITT, Jean-Claude. O corpo das imagens: ensaios sobre a cultura visual na Idade Média. Tradução: José Rivair Macedo. Bauru, SP: EDUSC, 2007.
SERRÃO, Vitor. Aby Warburg (1866-1929) e a Iconologia. Teoria da História da Arte. Universidade de Lisboa: Faculdade de Letras, 2017.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2025 Laura Beatriz Alves de Oliveira

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.

