OS DESLOCAMENTOS CONTEMPORÂNEOS DOS KAINGANG DA BACIA DO TIBAGI/PARANÁ

Autores/as

  • Kimiye Tommasino Mestre e Doutora em Antropologia Social pela USP. Professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Palabras clave:

Índios Kaingang no Paraná, deslocamentos no tempo antigo (vãsy), Kaingang e mercado de trabalho, deslocamentos no tempo atual (uri)

Resumen

Após a conquista e confinamento em áreas delimitadas pelo Estado, os Kaingang tiveram de se adaptar à nova realidade a que foram submetidos em diferentes momentos de sua história recente. O tempo atual (uri), como povo não livre, mas submetido ao poder do Estado nacional, os Kaingang foram tecendo, aos poucos, um novo tempo. Enquanto puderam viver dos recursos naturais nas florestas de araucária e campos, os Kaingang mantiveram o modo de vida do vãsy. À medida que as frentes de expansão nacional foram invadindo suas terras, derrubando suas florestas e usando seus campos para a criação de gado e muares, o vãsy foi desaparecendo e um novo tempo foi sendo construído. Esse novo tempo, o uri, não se confunde com o tempo do branco, mas é uma construção kaingang, tecida por eles na relação com o sistema de mercado envolvente. Nosso foco será, portanto, mostrar o sentido dos deslocamentos kaingang no vãsy e após o contato, falar sobre o nascimento do novo tempo, o uri e desenvolver algumas considerações sobre os novos deslocamentos que hoje praticam os Kaingang contemporâneos.

Publicado

2019-12-08

Cómo citar

Tommasino, K. (2019). OS DESLOCAMENTOS CONTEMPORÂNEOS DOS KAINGANG DA BACIA DO TIBAGI/PARANÁ. Cordis: Revista Eletrônica De História Social Da Cidade, (20), 222–259. Recuperado a partir de https://revistas.pucsp.br/index.php/cordis/article/view/46338