Rita Lee

Trajetória, resistência e censura

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-4174.36.2025e73060

Palabras clave:

Rita Lee, Ditadura Civil-Militar, Censura, História e Música

Resumen

Rita Lee destacou-se como compositora, instrumentista, cantora e escritora, alcançando grande popularidade. O estudo rastreia sua trajetória, enfatizando o período da ditadura militar, sua prisão em 1976 e a censura sobre sua obra. Suas letras foram vetadas por abordarem moralidade, sexualidade, corpo feminino e liberdade. A pesquisa adota uma perspectiva histórica e musical, analisando sua produção no rock e no tropicalismo. Baseia-se em autores como Lima (2020), Matos (1997), Paranhos (2019) e Napolitano (2001 e 2002). Estruturado em três unidades, o estudo examina sua relação com a censura, estratégias analíticas e percursos da pesquisa.

Biografía del autor/a

Giseleda Silva Souza, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Letras - Português e Inglês pela Universidade Ibirapuera (2008), graduação em História pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (2012), em Pedagogia pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (2022) e Geografia pela Faculdades Integradas Campos Salles (2025), especialista em História, Sociedade e Cultura pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2016), em Filosofia para o Ensino Médio pela Universidade Federal de São Paulo (2022) e em As Áfricas e suas Diásporas (2025). Mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como bolsista Capes (2018). Atualmente é doutoranda em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como bolsista CNPq e professora efetiva de História e Língua Portuguesa no ensino fundamental e médio no Governo do Estado de São Paulo. Tem experiência na área de História, Língua Portuguesa e editoração.

Maria Izilda Santos de Matos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1978) e doutorado em História pela Universidade de São Paulo (1991), Livre docência (2016), pós doutorado Université Lumiere Lyon 2/França (1997), atualmente é professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora Convidada da Universidade CaFoscara/Veneza/Itália (2023). Participou de vários outros projetos de pesquisa, é pesquisadora 1 A do CNPq. Em 1994 recebeu o prêmio SESI-CNI de Teses Universitárias, com o trabalho Trama e Poder, em que estuda as indústrias paulistas, entre 1890-1934. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: imigração, música, cidade, gênero, história das mulheres. Entre suas obras destacam-se: Melodia e Sintonia: o masculino, o feminino e suas relações em Lupicínio Rodrigues. Bertrand Brasil, 1999. Dolores Duran: Experi ências Boêmias em Copacabana nos anos 50. Bertrand Brasil, 2002. O imaginário em debate, Olho d'água, 1998. A Cidade em debate. Olho D'água, 1999. Meu lar é o botequim, , Cia Editora Nacional, 2.ed., 2002. Cotidiano e Cultura: história, cidade e trabalho, EManuscrito, 3.ed. 2019. A cidade, a noite e o cronista: São Paulo de Adoniran Barbosa. EDUSC, 2008. Portugueses: deslocamentos, experiências e cotidiano SP séculos XIX e XX. EDUSC, 2013.Gênero, terceiro setor e desenvolvimento: Quebradeiras - uma luta pela preservação do meio ambiente e cultura dos babaçuais; Gênero e imigração: mulheres portugueses em foco. Emanuscrito, 2017. Corpos e Emoções, Emanuscrito, 2018. Por uma história do sorriso, Hucitec, 2018.

Citas

ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a Censura. De como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio de Janeiro: Gryphus, 2002.

ARAS, L. B.; PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria (org.). Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012.

ARQUIVO NACIONAL. Parecer n.º 0676/80 da Divisão de Censura e Diversões Públicas – Serviço de Censura de Diversões Públicas do Estado do Guanabara. Rio de Janeiro, 12 jun. 1980. Disponível em: http://imagem.sian.an.gov.br/acervo/derivadas/BR_DFANBSB_NS/CPR/MUI/LMU/00597/BR_DFANBSB_NS_CPR_MUI_LMU_00597_d0001de0001.pdf. Acesso em: 15 jul. 2024.

ARQUIVO NACIONAL. Parecer n.º 4919/83 da Divisão de Censura e Diversões Públicas – Serviço de Censura de Diversões Públicas do Estado do Guanabara. Rio de Janeiro, 27 set. 1983. Disponível em: http://imagem.sian.an.gov.br/acervo/derivadas/BR_DFANBSB_NS/CPR/MUI/LMU/19891/BR_DFANBSB_NS_CPR_MUI_LMU_19891_d0001de0001.pdf. Acesso em: 12 jul. 2024.

ARROMBOU o Cofre. Composição: Roberto de Carvalho, Rita Lee. In: Álbum “Bombom”. Som Livre, 1983 (LP).

CARAS. Rita Lee completa 65 anos; relembre momentos da rainha do rock brasileiro. 31 dez. 2012. Disponível em: https://caras.com.br/arquivo/rita-lee-completa-65-anos-relembre-momentos-da-rainha-do-rock-brasileiro.phtml.

GOMES, V. de O. Rita Lee: o querer feminino no rock and roll brasileiro. 2022. 64 f. Monografia (Graduação em Jornalismo) – Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto. Mariana, 2022.

KUCINSKI, Bernardo. A primeira vítima: a autocensura durante o regime militar. In: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (org.). Minorias silenciadas. História da Censura no Brasil. São Paulo: Edusp, 2004.

KUSHINIR, Beatriz. Cães de Guarda. Jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988. São Paulo: Boitempo, 2004.

LANÇA Perfume. Composição: Roberto de Carvalho, Rita Lee. In: Álbum “Rita Lee”. Som Livre, 1980 (LP).

LEE, R. Rita Lee: uma autobiografia. Rio de Janeiro: Globo, 2016.

LIMA, N. Ditadura no Brasil e censura nas canções de Rita Lee. Curitiba: Appris, 2019.

MAGALHÃES, João. Vaias, vaias até o fim. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 1968.

MARTINS, José de Souza. Música sertaneja: dissimulação na linguagem dos humilhados. In: Capitalismo e tradicionalismo. São Paulo: Pioneira, 1975.

MATOS, Maria Izilda S. de. Experiências boêmias em Copacabana: Dolores Duran. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

MAURO, A. Humor e deboche: a irreverência na MPB. MPB Especial, ano 5, n. 50, 1985, p. 4-15.

MOBY, Alberto. Sinal fechado: a música popular brasileira sob censura. Rio de Janeiro: Obra Aberta, 1994.

NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: utopia e massificação (1950-1980). Coleção Repensando a História. São Paulo: Contexto, 2001.

NAPOLITANO, Marcos. História e Música. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar. São Paulo: Contexto, 2016.

PARANHOS, A. Música popular contra políticas sexuais hegemônicas: Brasil, década de 1970. Contrapulso - Revista latino-americana de estudos em música popular, v. 1, n. 1, 30 ago. 2019, p. 1-14. Disponível em: https://contrapulso.uahurtado.cl/index.php/cp/article/view/4. Acesso em: 12 ago. 2024.

PIMENTEL, G. C. de C. Mutações em cena – Rita Lee e a resistência contracultural. Publicatio UEPG: Ciências Sociais Aplicadas, v. 11, n. 2, 2009, p. 7-20. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/sociais/article/view/2745. Acesso em: 12 ago. 2024.

REVISTA AMIGA E NOVELAS. Amiga nº 430 - 16/08/78. 6 abr. 2020. Disponível em: https://revistaamiga-novelas.blogspot.com/2020/04/amiga-n-430-160878.html.

RIDENTI, Marcelo. Ensaio geral de socialização da cultura: o epílogo tropicalista. In: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (org.). Minorias silenciadas. História da Censura no Brasil. São Paulo: Edusp, 2004.

SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Editora da Unesp, 1991.

SKIDMORE, Thomas E. Brasil de Castelo a Tancredo. 7. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

Descargas

Publicado

2025-08-25

Cómo citar

Souza, G. S. ., & Santos de Matos, M. I. (2025). Rita Lee: Trajetória, resistência e censura. Cordis: Revista Eletrônica De História Social Da Cidade, (36), e73060. https://doi.org/10.23925/2176-4174.36.2025e73060

Número

Núm. 36 (2025): História, Musicalidades e Paisagens Sonoras

Sección

Artigos

Licencia

Derechos de autor 2025 Gisele da Silva Souza, Maria Izilda Santos de Matos

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.