For the right to be and to remain free
(In)justice and resistance to slavery (Taubaté, 1887)
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-4174.35.2025e72710Keywords:
Slavery in Taubaté, Black agency, Decolonial theory, Coloniality of powerAbstract
This article results from research with historical documents and aims to trace the main elements of Vicência’s narrative, a former enslaved woman that filed a lawsuit to reconquer her manumission. Freed in 1886, Vicência was arrested and reconsidered as an enslaved woman in 1887. The primary source of this study is part of the collection of Arquivo Histórico Municipal “Felix Guisard Filho”, and it cooperates with the constitution of a Micro-History-based slavery historiography in Taubaté. Therefore, the manuscript’s analysis was elaborated with the purpose of comprehending the context of Vicência’s lawsuit, so after that would be possible to reflect upon black anti-slavery resistance actions, and about the colonialist structures present at 19th century Taubaté. It was concluded that this document shows, beyond the feminine agency against the system, a counterattack of the coloniality of power, that strengthened racism, negligency and subservience against black bodies in that context.
References
Arquivo Histórico Municipal “Felix Guisard Filho” (AHMFGF). Processo de manutenção de liberdade. Cx. Escravos – Ação de liberdade e fundo de emancipação. 1887.
ALBANO, Nícollas Lopes Cardozo; RIBEIRO, Suzana Lopes Salgado. Fontes documentais sobre a libertação de escravizados em Taubaté e o ensino de História antirracista. In: LOPES, Cristiano Camilo et al. (Org.). Patrimônios em diálogo com educação, arte e história da cultura: XXXI Mostra de Pós-Graduação e IV Mostra de Graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo: POMello Digital, p. 36-47, 2025.
AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites – século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis: Vozes, 2004.
BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e perspectiva negra. Sociedade e Estado, v. 31, p. 15-24, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/wKkj6xkzPZHGcFCf8K4BqCr/?format=html. Acesso em 09 jun. 2025.
BERWANGER, Ana Regina & LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de paleografia e diplomática. Santa Maria, RS: Ed. UFSM, 2008.
BRASIL. Lei Imperial nº 2.040, de 28 de setembro de 1871. Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daquelles filhos menores e sobre a libertação annual de escravos. Rio de Janeiro, RJ: Palácio do Rio de Janeiro, 28 set.1871.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígena da Universidade Católica de Pernambuco, 2003. Disponível em: https://www1.unicap.br/neabi/?page_id=137. Acesso em 11 jul. 2025.
CARVALHO, José Murilo. A construção da ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ/Relume Dumará, 1996.
CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
CORRÊA, Anderson Romário Pereira. História Local e Micro-História: encontros e desencontros. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 146, p. 11-27, 2012. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/revistaihgrgs/article/download/57504/34506. Acesso em: 21 jun. 2025.
COSTA, Emília Viotti da. Da senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1997.
FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: manuscritos dos séculos XVI ao XIX. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008.
GARRIDO, Mírian Cristina de Moura; SILVA, André Luiz da. Decolonialidade e Lélia Gonzalez: possíveis correspondências para um pensamento sul-sul. Revista Ciências Humanas, v. 17, n. 237, 2024. Disponível em: https://rchunitau.com.br/index.php/rch/article/view/1057. Acesso em 01 jul. 2025.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
LEANDRO, Everaldo Gomes; PASSOS, Cármen Lúcia Brancaglion. O paradigma indiciário para análise de narrativas. Educar em Revista, v. 37, p. e74611, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/hk9sxtYY6BCfcHxwYm3Q8zB/?format=html&lang=pt. Acesso em: 11 jun. 2025.
MATTOS, Hebe. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no Sudeste escravista (Brasil, século XIX). Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
PAPALI, Maria Aparecida Chaves Ribeiro. Escravos, libertos e órfãos: a construção da liberdade em Taubaté (1871-1895). São Paulo: Annablume, 2003.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LAND-ER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. Disponível em: https://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf. Acesso em: 22 jun. 2025.
RIBEIRO, Fábia Barbosa. Caminho da Piedade, caminhos de devoção: as irmandades de pretos no Vale do Paraíba Paulista-século XIX. 2010. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
RIBEIRO, Suzana Lopes Salgado. Tramas e traumas: identidades em marcha. São Paulo: FFLCH/USP, 2007.
RIBEIRO, Suzana Lopes Salgado; BRISOLA, Elisa Maria Andrade. ; SEBASTIAN-HEREDERO, Eladio. Educadores, tecnologias e inovações sociais: educação na diversidade para a construção da cidadania. HUMANIDADES & INOVAÇÃO, v. 7, p. 18-31, 2020. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2710. Acesso em: 26 jul. 2025.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Nícollas Lopes Cardozo Albano, Suzana Lopes Salgado Ribeiro

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

