UM PRESENTE NÃO INTENCIONAL DO BRASIL PARA O MUNDO: A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO DE PAULO FREIRE, CINQUENTA ANOS DEPOIS

Autores/as

  • Ira Shor

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2018v16i4p1334-1340

Palabras clave:

Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido. Justiça Social.

Resumen

O texto contextualiza, brevemente, o trabalho do diretor de alfabetização Paulo Freire, no governo João Goulart, que culminou com o golpe militar de 1964. Durante os tempos sombrios de ditadura civil-militar no Brasil, que permaneceram até 1985, a Pedagogia do Oprimido, escrita em 1968, nasceu para a esperança e a democracia. Proibida no Brasil, essa obra seria lida por milhões de pessoas em todo o mundo. Emergindo de um movimento democrático crescente no Brasil, na década de 1950, a pedagogia de Freire ensinou analfabetos a ler e escrever em apenas 40 horas. Para Paulo Freire, ao longo de sua vida e trabalho, as questões essenciais do seu livro mais famoso permaneceram: Que tipo de sociedade é essa em que vivemos? É justa, democrática e igualitária? Que tipo de mundo queremos? Como é que vamos chegar lá, a partir daqui? Estas perguntas foram amplificadas em uma escala global, quando uma história triste e um destino trágico forçaram Paulo Freire a sair do Brasil por 15 anos, em um momento de grande vigor de sua vida profissional, durante o qual ele se tornou um presente não intencional do Brasil para o mundo. Poucos livros têm sido tão amplamente debatidos, citados, antologizados, e também usados para a formação de professores mantendo, cinquenta anos depois, um apelo extraordinário.

Citas

FOUCAULT, Michel. Society must be defended. Picador: New York. Tr. David Macey, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogy of the oppressed. Continuum: New York. Tr. Myra Bergman Ramos. Rev. 20th Anniversary Edition, 1993.

KIRKENDALL, Andrew J. Paulo Freire and the cold war politics of literacy. UNC Press: Chapel Hill. 2010.

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Publicado

2018-12-18

Número

Sección

Dossiê Temático: "50 ANOS DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO: ler a realidade e construir a esperança"