"¿ES ESE LÁPIZ LABIAL PARA VENIR A LA ESCUELA?" DISPUTAS ESTÉTICO-METODOLÓGICAS EN LOS PATIOS CURRICULARES

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2019v17i4p1523-1544

Palabras clave:

Currículum, Diferencia, Youtubers.

Resumen

El artículo vincula las disputas políticas en el campo del currículum con las confrontaciones estéticas de personas influyentes digitales negras en YouTube, mientras cuestiona la comprensión del currículum como conocimiento (MACEDO, 2017a). Por lo tanto, utilizo los patios escolares como un espacio en el que se filtra la diferencia, lo que permite la formulación de proposiciones que escapan del "recinto metodológico" (ST PIERRE, 2017) insistiendo en la coherencia entre la teoría y las formas postestructuralistas. hacer investigación, que borra la "novela realista" (ST PIERRE, 2010). Señalo el encuadre del otro en la política de identidad, como algo a evitar, debido al riesgo de sublimación de la diferencia (DERRIDA, 1991). Así, el debate curricular sobre la enseñanza de la historia y la cultura afrobrasileña se lee de instrumentos normativos que guían la lucha antirracista en el entorno escolar y también en los videos producidos por el youtuber Gabi Oliveira, publicados en Canal DePretas, visto como otra forma de producir discursivamente el concepto de raza (BUTLER, 2004). El texto indica los patios escolares y las publicaciones de youtubers como vacíos para cuestionar lo que cuenta como política antirracista en disputas curriculares y estéticas. A partir de la diferencia, entendida como la alteridad que se le escapa, el artículo tiene como objetivo resaltar los significados de la escuela, inscritos en cuerpos que cuentan con poderes de cabello negro y lápices labiales escandalosos, que dialogan con el contenido producido en YouTube, lo que indica la permeabilidad de paredes de la escuela.

Biografía del autor/a

Iris Verena Oliveira, Universidade do Estado da Bahia

Graduada em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará, Doutora em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia, com pós-doutorado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora do Mestrado em Educação e Diversidade, da Universidade do Estado da Bahia. Integrante do Grupo de Pesquisa: FEL/Cnpq.

Citas

BONILLA, Maria Helena, PRETTO, Nelson de Luca. Política educativa e cultura digital: entre práticas escolares e práticas sociais. Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 499 - 521, maio/ago. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/2175-795X.2015v33n2p499. Acesso em: 09 dez. 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 3/2004. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília, 2004.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, 2003.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

DERRIDA, Jacques. Margens da Filosofia. Campinas: Papirus, 1991.

DERRIDA, Jacques; ROUDINESCO, Elisabeth. De que amanhã... Diálogo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

FIGUEIREDO, Ângela; CRUZ, Cíntia. “Representações sobre cabelo, corpo e identidades das mulheres negras.” In: FIGUEIREDO, Ângela; CRUZ, Cíntia (Orgs.). Beleza Negra: representações sobre o cabelo, o corpo e a identidade das mulheres negras. Cruz das Almas: EDUFRB/Belo Horizonte: Fino Traço, 2016. p. 9-14.

GOMES, Nilma Lino. “Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo.” Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 167-182, jan./jun. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022003000100012&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 09 dez. 2019.

GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. (Livro digital)

GOMES, Nilma Lino. Diversidade étnico-racial, inclusão e equidade na educação brasileira: desafios, políticas e práticas. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 27, n. 1, p. 109-121, jan./abr. 2011. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/19971. Acesso em: 09 dez. 2019.

GONÇALVES, Petronilha Beatriz. “Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil” Educação. Porto Alegre/RS, ano XXX, v. 63, n. 3 (63), p. 489-506, set./dez, 2007. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/2745/2092. Acesso em: 09 dez. 2019.

GONÇALVES, Petronilha Beatriz. Educação das Relações Étnico-Raciais nas instituições escolares. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 34, n. 69, p. 123-150, maio/jun. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602018000300123. Acesso em: 09 dez. 2019.

GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira; GONÇALVES, Petronilha Beatriz. Movimento negro e educação. Revista Brasileira de Educação, n. 15, p. 133-158, Set/Out/Nov/Dez, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n15/n15a09.pdf. Acesso em: 09 dez. 2019.

HENRIQUES, Ricardo. Raça e gênero no sistema de ensino. Os limites das políticas universalistas na Educação. Brasília: UNESCO, 2002.

HOOKS, Bell. Alisando o nosso cabelo. S.l; s.n., 2005 Tradução: Lia Maria dos Santos. Disponível em: https://www.geledes.org.br/alisando-o-nosso-cabelo-por-bell-hooks/. Acesso em: 16 mar. 2019.

LEMOS, Guilherme Augusto Rezende. Currículo e docência: regulação e escape. In: MACEDO, Elizabeth; MENEZES, Isabel (Orgs.). Currículo, Política e Cultura. Conversas entre Brasil e Portugal. Curitiba: CRV, 2019. p. 41-56.

MAC CORD, Marcelo; ARAÚJO, Carlos Eduardo Moreira; GOMES, Flávio dos Santos. (Orgs.). Rascunhos Cativos: educação, escolas e ensino no Brasil escravista. Rio de Janeiro: 7 Letras/Faperj, 2017.

MACEDO, Elizabeth. Mas a escola não tem que ensinar? Conhecimento, reconhecimento e alteridade na teoria do currículo. Currículo sem Fronteiras. v. 17, n. 3, p. 539-554, 2017. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol17iss3articles/macedo.pdf. Acesso em: 09 dez. 2019.

MACEDO, Elizabeth. O currículo no portão da escola. In: MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago (Org.). Currículo, sexualidade e ação docente. Petrópolis: Faperj/DP&A, 2017a. p. 213-238.

MORENA, Mari. “Relacionamento Abusivo e Violência Doméstica: Minha História | Mari Morena”, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6tScAd-zoEI. Acesso em: 15 mar. 2018.

MUNANGA, Kabenguele. Por que ensinar a história da África e do negro no Brasil de hoje? Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 62, p. 20-31, dez. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rieb/n62/2316-901X-rieb-62-00020.pdf. Acesso em: 09 dez. 2019.

NERI, Nataly. “#YouTubeBlackBrasil | EU SOU Nátaly Neri”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V5M8q_g1hyY. Acesso em: 15 mar. 2018.

NUNES, Camila. “#YoutubeBlackBrasil | EU SOU Camila Nunes”, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=T_ADhD3bv94. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Meyre-Ester Barbosa de; FRANGELLA, Rita de Cássia Prazeres. Conectando currículo, política e cultura numa perspectiva discursiva. In: LOPES, Alice Casimiro e OLIVEIRA, Marcia Betania de (Orgs.). Políticas de Currículo. Pesquisas e Articulações Discursivas. Curitiba: CRV, 2018. p. 81-96.

OLIVEIRA, Iris Verena. Escrevivências e limites da identidade na produção de intelectuais negras. Currículo sem fronteiras. v. 17, n. 3, p. 633-658, 2017. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol17iss3articles/oliveira.pdf. Acesso em: 09 dez. 2019.

RANNIERY, Thiago. “Sexualidade na escola”: é possível ir além da máquina de diferentes. MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago (Orgs.). Currículo, sexualidade e ação docente. Petrópolis: Faperj/DP&A: 2017. p. 213-238.

RANNIERY, Thiago; MACEDO, Elizabeth. Políticas do vivível: diferença, teoria e democracia por vir. In: LOPES, Alice Casimiro; OLIVEIRA, Anna Luiza A. R. Martins; OLIVEIRA, Gustavo Gilson Sousa de (Orgs.). Os Gêneros da Escola e o (im)possível silenciamento da diferença no currículo. Recife: Editora UFPE, 2018. p. 21-50.

RANNIERY, Thiago; MACEDO, Elizabeth. Vem cá, e se fosse ficção? Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 13, n. 3, p. 982-1002, set./dez. 2018. Disponível em: https://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/11787/209209210258. Acesso em: 29 ago.

OLIVEIRA, Gabi. “Um trauma chamado COLÉGIO | Papo DePretas”, 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=txTJMcXdB20&t=129s. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Gabi. “#YoutubeBlackBrasil | EU SOU Gabi Oliveira”, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7Nb3UFkYlxQ. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Gabi. “Resenha Base Fluida Vult | DePretas”, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XXY7h2CgJ2Q. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Gabi. “Cabelo 4c igual bombril e responsabilidade | PAPO DEPRETAS”, 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v93tX36gLaA. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Gabi. “Tour Pelo Meu Rosto | Papo DePretas”, 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CEOvcHPvvis&t=68s. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Gabi. “Um novo olhar sobre a pessoa negra; novas narrativas importam | Gabi Oliveira | TEDxUNIRIO”, 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FYg-vQwm3Lo. Acesso em: 15 mar. 2018.

OLIVEIRA, Gabi. “Combatendo o racismo nas escolas com Benilda de Brito | PAPO DEPRETAS”, 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WtnGECLPaAk&t=1352s. Acesso em: 12 nov. 2019.

ST. PIERRE, Elizabeth Adams. Methodology in the fold and the irruption of transgressive data. International Journal of Qualitative Studies in Education, p.175-189, 2010. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/095183997237278. Acesso em: 09 dez. 2019.

ST. PIERRE, Elizabeth Adams. Uma história breve e pessoal da pesquisa pós-qualitativa: em direção a “pós-investigação”. Tradução de Felipe Aguiar e revisão técnica de Thiago Ranniery e Elizabeth Macedo. Práxis Educativa. Ponta Grossa, v. 13, n. 3, p. 1044-1064, set/dez. 2018. Disponível em: https://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/12475. Acesso em: 09 dez. 2019.

YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educação e Sociedade, v. 28, n. 101, p. 1287-1302, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/es/v28n101/a0228101.pdf>. Acesso em: 09 dez. 2019.

Publicado

2019-12-19

Número

Sección

Dossiê ABdC 2019: "Confrontos e resistências nas políticas educacionais e curriculares no contexto atual"