Educación intercultural en Portugal y silencio racial
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-3876.2024v22e56166Palabras clave:
educación intercultural, relaciones étnico-raciales, PortugalResumen
El objetivo de esta investigación fue verificar si las políticas interculturales de educación en Portugal promueven un diálogo histórico-cultural positivo para la población negra. Este análisis se basa en los fundamentos teóricos y metodológicos del análisis crítico del discurso y se refiere a los libros del Plan Nacional de Lectura que circularon en las escuelas portuguesas entre 2017 y 2018. Para proceder a la lectura analítica, se destacó el contexto de producción del discurso; el mensaje central y sus relaciones con la interculturalidad y el público objetivo. El resultado mostró que los libros presentan una narrativa minúscula y estereotipada que contribuye a despolitizar las desigualdades y las relaciones de poder existentes entre blancos y negros en la sociedad portuguesa, revelando que el proceso educativo en la escolarización de los niños está permeado por una política institucional que enseña y reafirma el racismo.
Citas
AFONSO, Almerindo J.; RAMOS, Emilio L. Estado-nação, educação e cidadanias em transição. Revista Portuguesa de Educação, p. 77-98, 2007. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/26496321_Estado-nacao_educacao_e_cidadanias_em_transicao . Acesso em: 19 nov. 2024.
ACM. Alto Comissariado para Migrações. Programa Aprender com Histórias: Primeiros Passos para Interculturalidade. Disponível em: https://www.acm.gov.pt/. Acesso em: 18 dez. 2018.
APPLE, Michael W. Ideology and curriculum. 2nd. edition. New York: Routledge, (1990) 2002.
APPLE, Michael. Educação, mercado e culturas de controle. Revista e-Curriculum, v. 2, n. 3, 2006. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/download/3152/2083/7125 . Acesso em: 19 nov. 2024.
APPLE, Michael. Educação Crítica: Análise Internacional. São Paulo: Editora Penso, 2011.
ARAÚJO, Marta; MAESO, Silvia R. History textbooks, racism and the critique of Eurocentrism: beyond rectification or compensation. Ethnic and Racial Studies. Francis (Routledge), p. 1, 2011. Disponível em: https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/42626/1/History%20textbooks%20racism%20and%20the%20critique%20of%20Eurocentrism.pdf . Acesso em: 19 nov, 2024.
ARAÚJO, Marta; MAESO, Silvia R. A quadratura do círculo: (anti)racismo, imigração e a(s) política(s) da integração em Portugal nos anos 2000. Coimbra: Centro de Estudos Sociais, 2013.
ARAÚJO, Marta. Challenging Narratives on Diversity and Immigration in Portugal: the (de)politicization of colonialism and racism. In: CAPETILLO, Jorge A. JACOBS, Glenn; KRETSEDEMAS, Philip A. (org.). Migrant Marginality: A Transnational Perspective. New York: Routledge, 2013. p. 27-46.
ARAÚJO, Marta. As narrativas da indústria da interculturalidade. Desafios para a educação e as lutas anti-racistas. Revista Investigar em Educação - II Série, n. 7, p. 9-35, 2018. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/81180/1/As%20narrativas%20da%20industria%20da%20interculturalidade.pdf . Acesso em: 19 nov.2024.
BANKS, James; LYNCH, James. Multicultural education in western societies. New York: Praegers Publishers, 1986.
BRASIL. Lei n.º 10639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2003]. Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 14 de abr. 2020.
BRASIL. Resolução CNE/CP 01/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF: Diário Oficial da União, Seção 1, p. 11, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf. Acesso em: 25 mar. 2021.
CANDAU, Vera Maria F. Educação intercultural na América Latina: tensões atuais. Congresso Ibero Americano de Educação na América LatinA (CIEHLA). Rio de Janeiro: UERJ, 2009.
CANDAU, Vera Maria. F. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos. Educação e Sociedade, Campinas, p. 235-250, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/QL9nWPmwbhP8B4QdN8yt5xg/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 19 nov. 2024
CANEN, Ana; OLIVEIRA, Angela de M. A. Multiculturalismo e currículo em ação: um estudo de caso. Rev. Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 21, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/QF4wH5r85zzy9hkYKjFDNNB/ . Acesso em: 19 nov.2024
CASTELO, Claudia. O modo português de estar no mundo: o luso-tropicalismo e a ideologia colonial portuguesa (1933-1961). Porto: Edições Afrontamento, 1998.
CORTESÃO, Luisa; STOER, Stephen. A Interculturalidade e a Educação Escolar: Dispositivos Pedagógicos e a Construção da Ponte entre Culturas. Inovação, n. 9, p. 35-51, 1996. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/56270/2/84827.pdf . Acesso em: 19 nov. 2024
DEI, George J. Sefa; JOHAL, Gurpreet Singh (org.). Metodologias de investigação Anti-Racistas. Portugal: Edições Pedago, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GIL, Carmen. Por que somos de cores diferentes? Portugal: Campo das Letras, 2007.
GIMENO SACRISTÁN, José. O currículo. Uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2017.
HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre a revolução de nosso tempo. Educação & Realidade, v. 22, n. 2, p. 15-46, 1997. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71361/40514 . Acesso em: 19 nov. 2024
LUSA, Agência de Notícias de Portugal. César Madureira e André Letria criam dez "Contos sonhados em Português". Portugal, 10 de abr. 2008. Disponível em: https://www.rtp.pt/noticias/cultura/cesar-madureira-e-andre-letria-criam-dez-contos-sonhados-em-portugues_n165296. Acesso em: 6 out. 2010.
MADUREIRA, Cesar. A menina que voltou a ser menina. Aveleda, Portugal: Quidnovi II, 2010.
MAGALHÃES, Ana M.; ALÇADA, Isabel. Rãs, Príncipes e Feiticeiros: oito histórias de oito países que falam português. Alfragide, Portugal: Editorial Caminho, 2009.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuiciones al desarrollo de un concepto. Teoría Crítica y descolonización do Norte, EUA, 2005. Disponível em: https://ram-wan.net/restrepo/decolonial/17-maldonado-colonialidad%20del%20ser.pdf . Acesso em: 19 nov.2024
McLAREN, Peter. Fúria e Esperança: A pedagogia revolucionária de Peter McLaren. Currículo sem Fronteira, Porto Alegre, v. 1, n. 2, 2001. Disponível em: https://biblat.unam.mx/pt/revista/curriculo-sem-fronteiras/articulo/furia-e-esperanca-a-pedagogia-revolucionaria-de-peter-mclaren-entrevista-com-peter-mclaren . Acesso em: 19 nov. 2024.
MEC. Diretoria Geral de Educação (DGE). Rede de Escolas para a Educação Intercultural. Referencial. DGAE, 2017.
MEC. Diretoria Geral de Educação (DGE). Educação Intercultural. Disponível em: http://www.dge.mec.pt/educacao-intercultural. Acesso em: 2 out. 2018.
MIGNOLO, Walter. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In: LANDER, Edgard. A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais Perspectivas Latino-Americanas, Ciudad Autnoma de Buenos Aires, Argentina. Coleccin Sur Sur, CLACSO, 2005. p. 33-50.
MINAYO, Maria Cecilia de S. O desafio do conhecimento. São Paulo: Editora Hucitec, 2010.
ONDJAKI. Ombela: a origem das chuvas. Caminho, 2015.
PECK, Raoul. Eu não sou seu negro. Documentário. 2017 (134 min).
PIERUCCI, Flavio. Ciladas da diferença. Tempo Social (USP), 1990. p. 7-33.
PNL2027. Plano Nacional de Leitura. PNL2017. 24 de setembro de 2018. Disponível em: https://pnl2027.gov.pt/np4/home. Acesso em: 19 nov.2024.
QUIJANO, Anibal. Coloniality of power, eurocentrism and Latin America. Neplanta: Views from the south, 1.3, p. 533-580, 2000. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/347342/mod_resource/content/1/Quijano%20(2000)%20Colinality%20of%20power.pdf . Acesso em: 19 nov. 2024.
REPÚBLICA, Diário da. Plano Estratégico para Migrações 2015-2020. Resolução do Conselho de Ministros n.º 12-B/2015. 2 de outubro de 2018.
RODRIGUES, Tatiane C.; ABRAMOWICZ, Anete. O debate contemporâneo sobre a diversidade e a diferença nas políticas e pesquisas em educação. Rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 15-30, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/WskqTPrZgtc8k56XHvr8XBz . Acesso em: 19 nov. 2024.
ROLDÃO, Cristina. Fatores e perfis de sucesso escolar "inesperado": trajetos de jovens das classes populares e de origem africana. 2015. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade de Lisboa, Lisboa, 2015.
SÁ-SILVA, Jackson Ronie; ALMEIDA, Cristóvão Domingos; GUINDANI, Joel Felipe. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, Ano I, n.1, 15 p. 2009. Disponível em: https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10351 . Acesso em: 19 nov.2024.
SHAW, Elizabeth. A ovelhinha preta. Alfragide, Portugal: Editorial Caminho, 1997.
VAN DIJK, Teun A. Elite Discourse and Racism. Newbury Park, CA: Sage, 1993.
VAN DIJK, Teun A. Discurso y racismo. In: GOLDBERG, David; SOLOMOS, John (eds.). The Blackwell Companion to Racial and Ethnic Studies. Oxford: Blackwell, 2001.
VIEGAS, Francisco J. Se eu fosse….nacionalidades. Booksmile, 2010.
WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y (de)colonialidad: ensaios desde Abya Yala. Serie Pensamiento decolonial. Quito, Equador: Edições Abya Yala, 2012.
WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir, re-viver. In CANDAU,Vera M. F. (org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. São Paulo: Martins Fonte, 2009. p. 12-43.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista e-Curriculum
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.