Percepções de alunos moçambicanos da Escola Secundária sobre o volume de um objeto: uma experiência de ensino baseada na Trajetória Hipotética de Aprendizagem
una experiencia de enseñanza basada en la trayectoria hipotética de aprendizaje
DOI:
https://doi.org/10.23925/2358-4122.2024v11iii66193Palavras-chave:
Educação Matemática, Geometria espacial, Trajetória Hipotética de Aprendizagem, Objetos do cotidianoResumo
Neste artigo apresentamos uma investigação que teve como objetivo analisar as percepções de alunos moçambicanos da Escola Secundária sobre o volume de um objeto. A partir de uma experiência de ensino, baseada no uso da Trajetória Hipotética de Aprendizagem (THA) de Simon (1995), procurou-se obter informações sobre a maneira como os alunos definiam, entendiam e/ou interpretavam o conceito de volume de um objeto do cotidiano. Participaram da investigação 8 alunos que frequentavam a 10ª Classe de uma escola na cidade de Quelimane em Moçambique. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com perguntas abertas dirigidas aos estudantes participantes da investigação. As transcrições das entrevistas foram realizadas e submetidas aos procedimentos da Análise de Conteúdo. Dentre as conclusões a que chegamos destacam-se: a percepção de que os alunos possuem noções mínimas sobre a definição de volume; com relação à compreensão de espaço, eles não conseguem esclarecer se é o espaço no interior do objeto ou o espaço que o objeto ocupa no meio onde está inserido; em função da primeira limitação – definir volume – eles não conseguiram identificar por quais unidades de medida o volume pode ser apresentado; pela falta desses conhecimentos anteriores os alunos, também, confundem volume com capacidade.
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