Concepções e práticas de avaliação da aprendizagem no ensino de Matemática
DOI:
https://doi.org/10.23925/2358-4122.2023v10i259404Palabras clave:
Avaliação da aprendizagem, Concepções de avaliação, Matemática, ProfessorResumen
O presente estudo é resultado de um recorte de uma pesquisa maior sobre Avaliação, que faz uso do método do estudo de caso, gerando dados por meio de Entrevistas Semiestruturadas e Balanço do Saber, instrumento criado por Bernard Charlot (1996). Embasado na perspectiva qualitativa que prioriza os participantes como o foco e o significado das experiências vividas que foram absorvidas por eles durante a vida escolar, sendo norteado por um referencial teórico sobre a temática, este estudo tem o objetivo geral de compreender as concepções e práticas avaliativas de professores de Matemática atuantes nos anos finais do Ensino Fundamental, em duas instituições públicas de ensino no interior de Sergipe, mais precisamente na cidade de Estância, uma instituição pertencente à rede municipal e a segunda à rede estadual. Esta pesquisa é ancorada teoricamente em autores que discutem a Avaliação da Aprendizagem e a Avaliação da Aprendizagem Matemática, a exemplo de Fiorentini e Lorenzato (2007), Hadji (2001), Hoffmann (2019), Luckesi (2003, 2010, 2018) e Zabala (2014), entre outros. Os dados da pesquisa foram ponderados com base na análise de conteúdo sob a ótica de Bardin (2016), o que ensejou seguir as concepções da análise de conteúdo desse autor, de tal modo que as informações geradas foram organizadas e descritas por meio de três categorias: a) concepções e funções da avaliação; b) avaliação na prática docente; e c) desafios para a prática de avaliação, todas voltadas à avaliação no ensino da Matemática e estabelecidas para apresentar os resultados oriundos deste estudo. Os resultados apontam que a concepção tradicional de avaliação predomina no cotidiano das escolas de Educação Básica pesquisadas. Entretanto, há um despertar de alguns docentes para a importância do aperfeiçoamento da prática avaliativa. Sem dúvida, é difícil mudar concepções quando são formadas desde o início do processo de desenvolvimento humano, mas isso não impede que esforços continuem sendo empregados com o objetivo de elucidar e tornar práticas as concepções que valorizam o processo de ensino-aprendizagem, tendo o aluno e a construção do seu conhecimento como centro. Contudo, apesar dos avanços, reflexões e algumas transformações, existe perceptível incoerência entre a teoria e a prática.
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