A máscara do erotismo na "Ode Marítima": êxtase e geometria
Resumo
O presente trabalho pretende fazer uma leitura da “Ode Marítima” de Fernando Pessoa, assinada por Álvaro de Campos, o Engenheiro Sensacionista. A essência deste heterônimo está em olhar para o mundo e o homem sob um ângulo dialético, numa plataforma onde tudo se cruza, se completa e se anula, sob um olhar que é “uma perversão sexual”. Nesta ode, o olhar “sente tudo de todas as maneiras”, e isto implica em trabalhar as sensações em todos os seus desdobramentos, salientando-se aqui o erotismo mascarado no discurso multiplicador de sensações sadomasoquistas, numa narrativa infrutífera de fugir à angústia metafísica e da “vida sentada, regrada e revista”. A euforia/disforia do Campos das “Odes” é fictícia, mais uma máscara, “pura miragem”.
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