Subalternidade e maternidade
uma análise do conto "Forçadamente mulher, forçosamente mãe", de Dina Salústio
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2023i31p64-79Palavras-chave:
Cabo verde; Dina Salústio; Feminismo pós-colonial; Autoria feminina; Identidade.Resumo
Sob a luz da perspectiva feminista pós-colonial, esta breve análise propõe-se a analisar o conto “Forçadamente mulher, forçosamente mãe”, da autora cabo-verdiana Dina Salústio, que é parte da obra Mornas eram as noites (2002). Por meio deste artigo, pretende-se problematizar a identidade feminina subalterna na sociedade cabo-verdiana, tendo a gravidez precoce como problemática central. No rescaldo histórico de conflitos sociais, políticos e culturais, certos países africanos, como Cabo Verde, ainda possuem a maternidade precoce como uma adversidade comum a jovens meninas, comprometendo, assim, toda uma vida (ou duas). Com base em teorias pós-modernas, analisamos aspectos como subalternidade, o sujeito feminino e sua condição. Nesse sentido, tópicos como o feminismo e o pós-colonialismo, bem como obras de autoria feminina em Cabo Verde, são abordados. Através da personagem Paula, a obra de Salústio questiona a realidade tangível das mulheres cabo-verdianas.
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