Cinema e cordel

o diálogo intersemiótico em Psicose, de Alfred Hitchcock

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2024i33p401-420

Palavras-chave:

Produção cinematográfica; Poesia; Aspectos narrativos; Elementos estéticos; Suporte

Resumo

O presente artigo apresenta o diálogo intersemiótico entre a produção cinematográfica Psicose (1960), de Alfred Hitchcock e a sua adaptação para a poesia de cordel denominada A história da mulher que roubou pra se casar (2013), do cordelista Janduhi Dantas. Nesse sentido, utilizamos o método analítico para embasar a pesquisa, com o objetivo de esclarecer que o cinema e a literatura de cordel apresentam pontos de convergência, mas que são modalidades artísticas autônomas, ou seja, que, além das semelhanças, se valem de elementos estéticos próprios, marcas textuais e memória gráfica referentes às séries culturais distintas. Quanto aos resultados, o poema, substancialmente narrativo, funciona como imagens em movimento nessa intersemiose. A pesquisa se fundamenta em autores como Roman Jakobson (1969; 2004), Julio Plaza (2008), Lucia Santaella (2001) e Gérard Genette (2010), entre outros.

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Biografia do Autor

Laiane Lima Freitas, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Mestre em Letras, com área de concentração em Literatura e outros sistemas semióticos, pelo programa de pós-graduação em Letras da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.  Graduada em Letras pela Universidade Federal do Piauí - UFPI.

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

Lima Freitas, L. . . (2024). Cinema e cordel: o diálogo intersemiótico em Psicose, de Alfred Hitchcock. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (33), 401–420. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2024i33p401-420