Nove Meses, de Gustavo Piqueira: o projeto desestrutural do livro

Carmen Pimentel; Diana Navas

doi:10.23925/1983-4373.2024i33p45-65

Autores

Carmen Pimentel Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ https://orcid.org/0000-0002-1844-4860
Diana Navas Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP https://orcid.org/0000-0002-4516-5832

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2024i33p45-65

Palavras-chave:

Livro-objeto, Materialidade, Projeto Gráfico, Ilustração, Literariedade

Resumo

É reconhecido que os livros-objeto desempenham hoje um importante papel no mercado editorial. De cariz multimodal, essa produção promove a exploração de múltiplas possibilidades de leitura, contribuindo para a formação crítica do leitor. É a leitura das diferentes linguagens compositivas de Nove meses, de Gustavo Piqueira, que aqui se propõe, buscando responder a questões como: há literariedade em sua composição? Como se constrói a materialidade narrativa em um livro-objeto? A materialidade visa, de fato, valorizar aspectos de fruição e estética mais significativos? Para isso, aborda-se a materialidade narrativa, a literariedade e a interatividade do livro-objeto, analisado a partir de quatro dimensões: projeto gráfico, ilustração, texto e fruição estética. Fundamentado em autores como Santaella (2004, 2013), Linden (2011) e Ramos; Navas (2021), o estudo demonstra que Nove meses é um livro-objeto em que o projeto gráfico assume função narrativa, ampliando os sentidos suscitados pelo texto literário e gráfico.

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Biografia do Autor

Carmen Pimentel, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (2010); Mestre em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2000); Graduada em Letras com Licenciatura Plena pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (1985). Pós-graduada em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Cândido Mendes - UCAM-RJ (2020). Professora Adjunta de Língua Portuguesa da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em creches e escolas da rede particular do ensino para a formação continuada de professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental nas áreas de Língua Portuguesa, Literatura Infantojuvenil e Língua Inglesa. Pesquisadora nas áreas de Enunciação e Discurso; Leitura e escrita: teoria, prática e ensino; Fatos da Linguagem em Textos Literários e Não Literários; Leitura e Escrita de Textos na Internet. Líder do Grupo de Pesquisa LeLEC - Leitura Literária e Escrita Criativa.

Diana Navas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP

Diana Navas é mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC SP, doutora em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e realizou estágio pós-doutoral na Universidade de Aveiro, Portugal. Atua como professora do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária e no Programa de Língua Portuguesa da PUC SP. Suas pesquisas recentes concentram-se nas tendências da literatura juvenil contemporânea brasileira e portuguesa. Dentre suas principais publicações em livro mais recentes destacam-se: Literatura juvenil dos dois lados do Atlântico; Literatura infantil e juvenil em diálogo com outras artes (org.); Educação, Culturas, Artes e Tecnologias (org.), além de diversos artigos publicados em periódicos especializados. É bolsista produtividade CNPQ e líder do Grupo de Pesquisa (PUC-SP/CNPQ) “Literatura Juvenil: questões teóricas e práticas de leitura”.

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