Cânone e mercado editorial: uma reflexão sobre a vitalidade de Frankenstein, de Mary Shelley
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2020i24p119-137Palabras clave:
Literatura Inglesa, Paratexto, Mary Shelley, Estética da RecepçãoResumen
Este artigo tem como propósito apresentar ao leitor uma possibilidade de análise do romance Frankenstein ou o Prometeu Moderno (1818), de Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), tendo como foco os paratextos da edição publicada pela DarkSide em 2017, traduzida por Márcia Xavier de Brito. Justifica-se a escolha dessa edição, pois eleita, em 2019, como atraente pelos alunos do primeiro ano do curso de Letras da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câmpus de Assis-SP. Na análise da obra de Shelley, busca-se, a partir do aporte teórico da Estética da Recepção (JAUSS, 1994; ISER, 1996 e 1999), refletir sobre sua vitalidade, enquanto marco no cânone ocidental, pois se configurou, conforme José Paulo Paes (1985), como primeiro romance de ficção científica. Na análise dos paratextos da edição da DarkSide (SHELLEY, 2017), pretende-se detectar, em consonância com Roger Chartier (2014) e Gerard Genette (2009), se modificam a relação do leitor com o material escrito.