GOTTFRIED WOLFGANG (1843), DE PÉTRUS BOREL: A RETOMADA DE WASHINGTON IRVING COMO INVESTIMENTO NO GÊNERO FANTÁSTICO

Autores/as

  • Fernanda Almeida Lima

Palabras clave:

Pétrus Borel, Washington Irving, Fantástico, Cenografia enunciativa

Resumen

O escritor francês Pétrus Borel (1809-1859) integra o grupo de artistas vitimados pelo ostracismo, grupo que, segundo as categorizações da história literária, se convencionou chamar de pequenos românticos. Borel figura entre os membros do Pequeno Cenáculo (1830-1833), confraria artística da qual também faziam parte Théophile Gautier e Gérard de Nerval, ocupando a posição de líder do grupo de jovens românticos excêntricos e arruaceiros. Pela composição de suas principais obras, o volume de contos imorais Champavert (1833) e o romance Madame Putiphar (1839), Pétrus Borel é classificado como um dos principais representantes da vertente paroxística e subversiva do movimento romântico francês, conhecida como romantismo frenético. Entretanto, ainda é pouco (re)conhecida a filiação do escritor ao gênero fantástico. Após um primeiro investimento no gênero, com a publicação do conto Les pressentiments (1833), ignorado pelos críticos, Borel reafirma sua filiação ao fantástico, dez anos mais tarde, apresentando ao público Gottfried Wolfgang (1843), narrativa publicada no periódico La Sylphide. Para compor Gottfried Wolfgang, Borel retomou e traduziu a narrativa do escritor norte-americano Washington Irving (1783-1859), intitulada The Adventure of the German Student (1824), operando modificações de cunho irônico. Desse modo, o conto de Irving constitui o modelo narrativo que orienta a composição da cenografia enunciativa (Maingueneau, 2006) da narrativa boreliana. O presente trabalho objetiva, então, analisar as estratégias de espelhamento e subversão irônica, com relação ao conto de Irving, empreendidas por Borel para legitimar a composição da cenografia fantástica de Gottfried Wolfgang.

Cómo citar

Lima, F. A. (2012). GOTTFRIED WOLFGANG (1843), DE PÉTRUS BOREL: A RETOMADA DE WASHINGTON IRVING COMO INVESTIMENTO NO GÊNERO FANTÁSTICO. FronteiraZ. Revista Del Programa De Estudios Posgrado En Literatura Y Crítica Literaria, (3). Recuperado a partir de https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/12558

Número

Sección

Artículos