Heranças do Modernismo durante a crise das vanguardas
o poema-minuto na aldeia global e a palavra coloquial do cotidiano globalizado
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2022i29p21-37Palabras clave:
Poesia brasileira contemporânea, Modernismo de 1922, Anos 1980, Paulo Leminski, Sebastião Uchoa LeiteResumen
O artigo investiga como mutações literárias e políticas ocorridas nas últimas décadas do século XX – crise ou anúncio do fim das vanguardas, pluralização de poéticas possíveis, redemocratização e ruína do pacto nacional-desenvolvimentista – transformaram o modo como, talvez até hoje, lê-se o modernismo brasileiro. Analisando poemas de Paulo Leminski e Sebastião Uchoa Leite, veremos estratégias diferentes de rearticulação de alguns vetores centrais da poética modernista (tensão entre expressão e construção, coloquialidade, antilirismo e poema minuto) dentro de um campo literário marcado pela descompressão da vida cultural, com crescimento do mercado editorial, fim da censura ditatorial e emergência de questões políticas sobre etnia, sexo, gênero. Assim, dilemas da modernização nacional (questão central do modernismo) são sobredeterminados pelas historicidades, escalas e demandas heterogêneas desses novos fatores.
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