Por uma ratografia do presente em O riso dos ratos, de Joca R. Terron

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2023i31p142-160

Palabras clave:

Ratografia, Política, Literatura brasileira contemporânea, Violência, Destruição

Resumen

Este artigo tem o objetivo de verificar como a figura do rato, presente em alguns textos, em especial, em O riso dos ratos (2021), de Joca R. Terron, denota uma leitura político-estética do tempo. Numa espécie de construção da escrita do rato, o que nomeamos de ratografia, elencamos, além do livro de Terron, “Josefina, a cantora”, de Franz Kafka, Os ratos, de Dyonelio Machado, “Seminário dos ratos”, de Lygia Fagundes Telles, e “O riso do rato”, de Samuel Rawet, para chegarmos à ideia de que essa figura escreve sobre o seu tempo, mas, principalmente, escreve sobre aquilo que perdura no tempo e está associado aos problemas sociais, políticos e históricos, sobretudo a violência. Como referencial teórico, tomamos os trabalhos de Deleuze e Guattari (2003, 1997), Derrida (2002), Foucault (1999, 1978), Lestel (2007), Maciel (2021), Oliveira (2009).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Luma Miranda, Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2015). Especialização em Educação para Infância: Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental (2017). Graduada em Letras Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2019). Mestranda em Letras na Universidade Estadual do Centro-Oeste.

Nilcéia Valdati, Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

Professora adjunto  de Literatura Brasileira do Departamento de Letras e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Estadual do Centro-Oeste - PR. Possui graduação em Letras (Licenciatura em Português/Inglês) pela Universidade do Sul de Santa Catarina (1995), mestrado (2000) e doutorado (2009) em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina.Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária e Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura e crítica contemporânea.

Citas

ão Paulo: Boitempo, 2012.ALVES, C. Os escravos. São Paulo: Martin Claret, 2013.

BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais. Trad. Yara Frateschi Viera. São Paulo-Brasília: Edunb, 1987.

CARVALHO, F. de. A origem animal de Deus. O bailado do Deus morto. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1973.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia vol. 4. Trad. Suely Rolnik. São Paulo: Ed. 34, 1997.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Kafka: para uma literatura menor. Trad. Rafael Godinho. Lisboa: Assírio & Alvim, 2003.

DERRIDA, J. O animal que logo sou. Trad. Fábio Landa. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2002.

FOUCAULT, M. História da Loucura. Trad. José Pereira Coelho Netto. São Paulo: Perspectiva: 1978.

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Salma Tannus Muchail. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

KAFKA, F. Josefina, a Cantora. Trad. Torrieri Guimarães. São Paulo: Clube do livro, 1977.

LESTEL, D. Animalidade, o humano e as “comunidades híbridas”. Trad. Jacques Fux e Maria Esther Maciel. In: MACIEL, M. E. (org.) Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011, p. 23-53.

MACHADO, D. Os Ratos. São Paulo: Editora Planeta do Brasil Ltda., 2004.

MACIEL, M. E. Literatura e animalidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2021.

NODARI, A. O extra-terrestre e o extra-humano: Alexandre Nodari Notas sobre “a revolta kósmica da criatura contra o criador”. Revista landa. v. 1, n. 2, 2013. Disponível em: https://revistalanda.ufsc.br/PDFs/ed2/Alexandre%20Nodari.pdf. Acesso em: 15 jul. 2023.

OLIVEIRA, E. J. de. Manuais de zoologia: os animais de Jorge Luis Borges e Wilson Bueno. 2009, 124 p. Dissertação (Mestrado em Teoria da Literatura) – UFMG, Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,

PRINSTROP, V. À espreita: animalidades em hotel hell, húmus e ainda orangotangos. 2014, 109 p. Dissertação (Mestrado em Estudos de Literatura) – UFRGS Porto Alegre.

RAWET, S. Contos e novelas reunidos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira., 2004.

SILVA, A. M. Z. da. A corrupção de caráter sob a ótica do fantástico: uma análise de “seminário dos ratos” de lygia fagundes telles. Revista Científica do Centro Universitário de Jales (Unijales), ISSN: 1980-8925. REUNI (2020), Edição XI, 06-15, 2020. Disponível em: https://reuni.unijales.edu.br/edicoes/15/a-corrupcao-de-carater-sob-a-otica-do-fantastico-uma-analise-de-seminario-dos-ratos-de-lygia-fagundes-telles.pdf. Acesso em: 10 jul. 2023.

TELLES, L. F. Seminários dos ratos – contos. São Paulo: Companhia das letras, 1977.

TERRON, J. R. O riso dos ratos. São Paulo: Todavia, 2021.

VIDAL-NAQUET, P. Os assassinos da memória: um Eichmann de papel e outros ensaios sobre o revisionismo. Trad. Marina Appenzeller.. Campinas: Papirus, 1988.

ZIZEK, S. Vivendo no fim dos tempos. Trad. Maria Beatriz de Medina. . São Paulo: Boitempo, 2012.

Publicado

2023-12-19

Cómo citar

Miranda, L., & Valdati, N. . (2023). Por uma ratografia do presente em O riso dos ratos, de Joca R. Terron. FronteiraZ. Revista Del Programa De Estudios Posgrado En Literatura Y Crítica Literaria, (31), 142–160. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2023i31p142-160