FLORBELA ESPANCA E GILKA MACHADO: LILITHS DA MODERNIDADE

Autores

  • Rosana Gonçalves

Palavras-chave:

mito da criação, Lilith, modernidade, poesia portuguesa e brasileira.

Resumo

Procura-se apontar a presença do mito de Lilith em poemas de Florbela Espanca e Gilka Machado.
Esse mito possui origens longínquas e é ligado à mitologia da criação, representando a primeira demonstração de rebeldia feminina face ao domínio do macho. Lilith reúne as qualidades do ego feminino individualizado e, em literatura, interessa-nos, sobretudo, pela luta na afirmação do direito à liberdade e ao prazer femininos. É o símbolo da mulher que paga o preço por ser diferente, perdendo-se a si própria e sendo forçada a abdicar do amor. Ambas as poetas cristalizaram esse
sentimento numa poesia que nos leva a pensar no destino da infelicidade que acompanha mulheres que ousam se contrapor às convenções sociais. Serão analisados, à luz do mito, poemas do Livro de Mágoas, de Florbela Espanca, e Cristais Partidos, de Gilka Machado, mulheres que fizeram a
diferença pelo forte apego aos símbolos e pelo respeito à tradição formal aliados a uma mensagem extremamente subjetiva de contestação e indignação com a situação de “malditas” que, assim como Lilith, partilhavam.

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Como Citar

Gonçalves, R. (2012). FLORBELA ESPANCA E GILKA MACHADO: LILITHS DA MODERNIDADE. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (5). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/12290

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Seção

Artigos