Distração: atitude heroica diante da metrópole

Autores

  • Rafael Zacca Fernandes Pontifícia Universidade Católica - RJ

Palavras-chave:

Poesia contemporânea, Distração, Filosofia da arte, Partilha do sensível, Forma interna

Resumo

A propósito da distração como ethos heroico na modernidade, analiso: as mudanças perceptivas ocasionadas pelo avanço das forças produtivas no capitalismo; e a consequente captação dessa mudança por 4 poetas contemporâneos, a saber, Liv Lagerblad, Heyk Pimenta, Alberto Pucheu e Eucanaã Ferraz. Cada um destes poetas traz a distração não tanto como tema de seus poemas, mas sim como aquilo que Walter Benjamin classificou como forma interna. Em todos os casos, a distração aparece como força poética diante do perigo de aniquilamento nas grandes cidades. Essa reflexão serve de base para outra, ainda, a propósito da relação dos modos de fazer poéticos com a política, pensando com Jacques Rancière a sua tomada de posição na “partilha do sensível”. Por fim, uma retomada de Baudelaire, mestre da distração, se configura como inevitável.

Biografia do Autor

Rafael Zacca Fernandes, Pontifícia Universidade Católica - RJ

É doutorando em filosofia pela PUC-RJ (CNPq). Possui gradução em História pela UFF, onde também cursou o mestrado em Filosofia. É membro do corpo editorial da Revista Chão e integrante do Núcleo de Estudos da Cultura no Capitalismo Contemporâneo (UFF). Publicou algumas críticas em revistas acadêmicas e em veículos de massa, como o Jornal Rascunho e a Carta Capital. Publicou o livro de poemas Rafael Zacca | Coleção Kraft (Ed. Cozinha Experimental, 2015). Articula, com outros poetas, a Oficina Experimental de Poesia, no Rio de Janeiro.

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Publicado

2016-07-11

Como Citar

Fernandes, R. Z. (2016). Distração: atitude heroica diante da metrópole. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (16), 4–22. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/26371

Edição

Seção

Artigos