El cine contracolonial Huni Kuin

el rostro velado del colonialismo

Autores/as

  • Marcos Aurélio Felipe Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) / Centro de Educação (CE) / Departamento de Práticas Educacionais e Currículo (DPEC). 59078-970, Natal, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-5529-0100

Palabras clave:

crítica poscolonial, colonialismo, Huni kuin, cine indígena, antropología histórica

Resumen

Este trabajo aborda las perspectivas poscoloniales del cine sobre los pueblos originarios, centrándose en la pragmática fílmica de la reversión histórica Huni Kuin del director Zezinho Yube. El objetivo es analizar los regímenes de imaginería poscoloniales, el cine etnográfico y el cine indígena, como contranarrativas a la historia oficial y las redes silenciadoras de la agencia nativa. El estudio se fundamenta en la crítica poscolonial, los estudios fílmicos y una perspectiva antropológica. La deconstrucción de los regímenes imagéticos oficiales de silenciamiento de la presencia indígena en la historia resulta de una pragmática fílmica de inversión de las categorías coloniales, que, bajo la autogestión de procesos y productos fílmicos, converge a un mismo campo: quién filma, quién es filmado y lo filmado, desarrollando así un cine original contracolonial.

Biografía del autor/a

Marcos Aurélio Felipe, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) / Centro de Educação (CE) / Departamento de Práticas Educacionais e Currículo (DPEC). 59078-970, Natal, Brasil.

Professor associado IV do Centro de Educação-CE, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN. Tem graduação em história, mestrado e doutorado em educação pela UFRN. Integra o corpo docente do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo (DPEC). Coordenou o Setor de Produção de Materiais Didáticos (Impresso, Designer, Digital, Vídeo) da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) da UFRN. Fez estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM/UFPE), com projeto sobre cinema indígena no Brasil, a partir da experiência da ONG Vídeo nas Aldeias (VNA), da obra de Vincent Carelli e dos coletivos de cineastas indígenas.

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Publicado

2022-05-19

Número

Sección

Artigos | Articles