O cinema silencioso e o som no Brasil (1894-1920)

Autores

  • Danielle Crepaldi Carvalho Escola de Comunicações e Artes - Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Cinema silencioso. História do cinema brasileiro. Som e cinema.

Resumo

O cinema silencioso recorreu ao som desde o princípio. Porém, malgrado a relevância da conexão dessas duas esferas, apenas recentemente estudiosos estrangeiros se debruçaram sobre os usos que o cinema silencioso fez do som. No Brasil, pesquisas neste âmbito ainda tateiam. Este artigo pretende recuperar os usos que o cinema silencioso fez do som em território nacional, das primeiras experiências com o kinetoscópio (em fins de 1894) até o início de 1920, momento da estabilização do lugar da música no espetáculo cinematográfico. Partindo de uma perspectiva transdisciplinar, pretende-se demonstrar que a cena cinematográfica desse período integrava um contexto de circularidade cultural: apropriava-se de canções populares e eruditas queridas do público e, ao costurá-las aos filmes silenciosos, os impregnava dos sentidos já construídos – elaborando, por conseguinte, sentidos outros, aos quais se misturavam as sombras moventes dos artistas das telas à polifonia social.

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Biografia do Autor

Danielle Crepaldi Carvalho, Escola de Comunicações e Artes - Universidade de São Paulo

Pós-doutoranda pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-Universidade de São Paulo, Brasil), onde desenvolve pesquisa a respeito dos usos dos sons no cinema silencioso, sob a supervisão do Prof. Dr. Eduardo Morettin (projeto FAPESP – 15/06383-4). É doutora pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-SP, Brasil), com tese que investiga a relação que os cronistas brasileiros de 1894 a 1922 estabeleceram com o cinema. Mestre pela mesma instituição, com dissertação a respeito da produção teatral de Coelho Netto escrita em fins do XIX. É coorganizadora de edições anotadas de seletas de contos dedicados a João do Rio, a António de Alcântara Machado e aos escritores Pré-Modernistas e Modernistas (todas pela Lazuli), e coautora da tradução e análise crítica do melodrama L’auberge des Adrets/A Estalagem dos Trampolineiros (publicada pela Penalux), marco da cena teatral francesa. Tem artigos publicados acerca da Literatura, do Cinema e do Teatro. Edita quinzenalmente o blog Filmes, filmes, filmes! E-mail: megchristie@gmail.com.

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Publicado

2017-03-30

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Seção

Artigos | Articles