O Ensino da Antibioterapia: Estado da arte

Autores

  • Maria José Saavedraa Department of Veterinary Sciences, School of Agriculture and Veterinary Science, University of Trás-os-Montes e Alto Douro, 5000-801 Vila Real, Portugal saavedra@utad.pt Centre for the Research and Technology for Agro-Environment and Biological Sciences (CITAB), University of Trás-os-Montes e Alto Douro, 5000-801 Vila Real, Portugal
  • João Carlos Sousa Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa 4249-004 Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.23925/2178-2911.2019v20espp632-637

Resumo

Resumo

A elevada mortalidade pelas doenças infecciosas, sobretudo epidémicas, mobilizou os cientistas na pesquisa de compostos naturais e produtos de síntese química dotados de propriedades antimicrobianas. Fazendo um pouco de história, referimos Paul Ehrlich, que utilizou o primeiro agente quimioterapêutico -Salvarsan, mais tarde Gerhard Domagk, que utilizou um pro-fármaco percursor de uma sulfamida. Em 1928, Alexander Fleming, descobriu de forma “casual” a penicilina, o primeiro antibiótico. Posteriormente em 1941 Howard Florey e Ernest Chain isolam e purificam a penicilina o que permitiu a sua utilização em larga escala -Era dos Antibióticos. A utilização dos antibióticos (AB) no tratamento das doenças infecciosas constituiu um dos maiores avanços da Medicina no séc. XX. No entanto a sua utilização em larga escala promoveu o aumento da incidência de estirpes multiresistentes aos AB, sobretudo em ambiente hospitalar. Adicionalmente verifica-se uma ocorrência cada vez mais elevada de estirpes resistentes na comunidade–humanos, animais e ambiente. O conhecimento dos mecanismos de ação e da ineficácia dos diferentes grupos farmacológicos de antibióticos é vital para o desenvolvimento de futuros microbianos, estando a ser estudados microrganismos do solo com a finalidade de encontrara novos fármacos. De realçar que a OMS preconiza que caminhamos rumo a uma "era pós-antibiótico”. Se não houver um plano de ação global para o "uso racional de antibióticos" a OMS prevê que em 2050 a resistência aos antibióticos, poderá matar mais de 10 milhões de pessoas.

Palavras-chave: antibioterapia; resistência; antibióticos

Abstract

The current research on infectious diseases, especially with epidemic potential, has mobilized the scientific community to research on the natural substance and chemical probing products with antimicrobial properties. In a brief history of antibiotics, we refer to Paul Ehrlich, who used the first chemotherapeutic agent - Salvarsan, later Gerhard Domagk, who used a sulfamide precursor prodrug. In 1928 Alexander Fleming "casually" discovered penicillin, the first antibiotic. Later in 1941 Howard Florey and Ernest Chain isolate and purify penicillin that can be used on a large scale - Antibiotics Era. The use of antibiotics (AB) in the treatment of infectious diseases is one of the greatest advances of medicine in the 19th century. However, its large-scale use has increased the incidence of multidrug-resistant processes in AB, especially in a hospital setting. Besides, there is an increasing occurrence of resistant strains in different communities - humans, animals and in the environment. Understand the mechanisms of action and the ineffectiveness of the diverse pharmacological groups of antibiotics is crucial to provide further new antibiotic therapies in the near future. Recent studies have highlighted the soil-derived microorganisms as a novel approach to identify new drug substances. In this context, it is noteworthy that the World Health Organization (WHO) considers that we are moving towards a “post-antibiotic era”. If there is no global action plan for “rational use of antibiotics” WHO predicts that in 2050 the global impacts of antibiotic resistance on human heath will be catastrophic, killing more than 10 million people worldwide.

Keywords: antibiotic therapy; resistence; antibiotics

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Publicado

2019-12-29

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Suplemento