Júlio Máximo de Oliveira Pimentel e o início do Ensino da Química na Escola Politécnica de Lisboa - Um estudo de Cultura Material

Autores

  • Isabel Marília Peres Centro de Química Estrutural, Institute of Molecular Sciences, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa
  • Sérgio Paulo Rodrigues Universidade de Coimbra, CQC, Departamento de Química
  • Maria do Carmo Elvas Museu Nacional de História Natural e da Ciência

DOI:

https://doi.org/10.23925/2178-2911.2023v27espp231-248

Palavras-chave:

Livros de Química, História do Ensino da Química, Cultura Material, Laboratorio Chimico

Resumo

Resumo

O Laboratório Químico da Escola Politécnica de Lisboa oferece uma oportunidade fascinante para os historiadores: a sua notável preservação e a quantidade de acervo existente permitem o estudo e uma abordagem às condições da prática científica nesta instituição no século XIX. Neste trabalho, pretendemos relacionar a vida de Júlio Máximo de Oliveira Pimentel (1809-1884), o 2.º Visconde de Vila Maior, com o início do ensino da Química experimental na Escola Politécnica de Lisboa. Grande parte dos estudos realizados sobre Pimentel e outros professores de Química desta instituição têm-se baseado em fontes textuais, como relatórios oficiais, memórias e publicações científicas. No entanto, o património material é uma fonte que deve ser explorada e dá informações complementares. Apresentamos os resultados de um estudo que procura relacionar esse património, pertencente à coleção de química do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, com o conhecimento já existente sobre a vida académica e profissional desse professor de Química. O nosso objetivo é contribuir para uma compreensão mais aprofundada dos contextos de utilização desses objetos. Utilizando fontes materiais, como objetos, reagentes, faturas, livros e atas, pretendemos revisitar e expandir o conhecimento não apenas sobre o Visconde de Vila Maior, mas também sobre a coleção de Química existente na instituição, com o principal objetivo de compreender as contribuições desse professor para a Química e o seu ensino em Portugal.

 

Palavras-chave: Livros de Química, História do Ensino da Química; Cultura Material, Laboratorio Chimico

 

Abstract

The Chemical Laboratory of the Polytechnic School of Lisbon offers a fascinating opportunity for historians: its remarkable preservation and the amount of existing collection allows the study and an approach to the conditions of scientific practice in this institution during the 19th century. In this paper, we aim to establish a connection between the life of Julio de Oliveira Pimentel (1809-1884), the 2nd Viscount of Vila Maior, and the beginnings of experimental chemistry education at the Polytechnic School of Lisbon. Much of the research conducted on Pimentel and other chemistry professors at this institution has relied on textual sources such as official reports, memoirs, and scientific publications. However, the material heritage is also worth to explore, as it provides complementary information. In this work we present the results of a study that seeks to establish a relationship between this heritage, belonging to the chemistry collection of the National Museum of Natural History and Science, and the existing knowledge about the academic and professional life of this chemistry professor. Our goal is to contribute to a deeper understanding of the contexts in which these objects were used. By utilizing material sources such as objects, reagents, invoices, books, and minutes, we intend to revisit and expand our knowledge not only about the Viscount of Vila Maior but also about the existing Chemistry collection at the institution, with the primary aim of comprehending this professor's contributions to Chemistry and its teaching in Portugal.

 

Keywords: Chemistry books, History of Chemistry Education, Material Culture, Chemical Laboratory

Downloads

Publicado

2024-01-05

Edição

Seção

3.o Congresso Internacional de História da Ciência no Ensino