Aprender - Refletir - Ensinar : a simetria invertida percebida na prática pedagógica dos licenciandos em letras

Sandra Helena Dias de Melo; João Vitor  Silva Martins

doi:10.23925/2237-759X2023V53e62091

Autores

Sandra Helena Dias de Melo Universidade Federal Rural de Pernambuco https://orcid.org/0000-0003-1710-2292
João Vitor Silva Martins Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.23925/2237-759X2023V53e62091

Palavras-chave:

formação docente inicial, simetria invertida, ensino de língua portuguesa, ideologias linguísticas

Resumo

Neste trabalho, temos por objetivo identificar as ideologias linguísticas no discurso de professores aprendizes no que diz respeito à articulação entre o aprender e o fazer da formação inicial por meio da simetria invertida na educação básica. Como recorte teórico-metodológico, assumimos uma perspectiva qualitativa e etnográfica com base nas ideias da pragmática. Para tal, utilizamos como corpus questionários e transcrições de encontros coletivos realizados com um grupo focal formado por estudantes do curso de letras da UFRPE. Após a análise do corpus, foi possível perceber o quanto o exercício da simetria invertida possibilita uma experiência formativa aos professores aprendizes, uma vez que esses problematizam e avaliam sua prática docente na relação rotativa entre o aprender, o refletir e o ensinar.

Biografia do Autor

Sandra Helena Dias de Melo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professora Dra. lotada no departamento de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE/Recife)

João Vitor Silva Martins, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduando do curso de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE-Recife). Agradecemos o apoio ao CNPq pela bolsa de iniciação científica.

Referências

ARAÚJO, R. M. de L. A Articulação Teoria e Prática nas Políticas de Formação de Professores para a Educação Básica: a competência como ferramenta para a formação do professor prático. In: MAUÉS, O.; LIMA, R. (Org.) A lógica das competências na formação docente. Belém: Edufpa, 2005, p. 113-128.

BARBOSA, J. C. F. Modalização epistêmica em artigos científicos da área de pedagogia. In: IV Simpósio Nacional de Linguagens e Gêneros Textuais (SINALGE), Anais do IV Simpósio Nacional de Linguagens e Gêneros Textuais. Campina Grande-PB, v.4, 2017, p. 1-11. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/27447>. Acesso em: mar. 2023.

BLOMMAERT, J. Ideologias linguísticas. In: SILVA, D.N.; FERREIRA, D.M.M.; ALENCAR, C. N. (Org). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014, p. 67-77.

FERREIRA, A. T. B. Os saberes docentes e sua prática. In: FERREIRA, A. T. B. et al (Org.). Formação continuada de professores: questões para reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 51-64.

FERREIRA, S.; GONÇALVES, T. V. O. A simetria invertida como possibilidade de constituição do professor reflexivo. In: XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Natal, 2019. p. 1-7. Disponível em https://abrapec.com/enpec/xii-enpec/anais/resumos/1/R1197-1.pdf Acesso em: mai. 2021.

GARCEZ, P. de M.; SCHULZ, L. Olhares circunstanciados: etnografia da linguagem e pesquisa em Linguística Aplicada no Brasil. In: D.E.L.T.A., 31-especial, p. 1-34, 2015.

GARCIA, C. M. O professor iniciante, a prática pedagógica e o sentido da experiência. Formação Docente, Belo Horizonte, v. 02, n. 03, p. 11-49, ago./dez. 2010.

KOCH, I. V. Referenciação e orientação argumentativa. Referenciação e Discurso. In: KOCH, I. V.; MORATO. E.; BENTES, A. C. (Org.). São Paulo: Contexto, p. 33-52, 2005.

LEANDRO, E. G.; PASSOS, C.L.B. (2021). O paradigma indiciário para análise de narrativas. In: Educar em Revista, Curitiba, v. 37, p.1-28.

MARCUSCHI, L. A. Análise da conversação. São Paulo: Ática, 1997.

MARTELOTTA, M. E. da. Conceitos de gramática. In: MARTELOTTA, M. E. da (Org.). Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2010, p. 43-70.

MEY, J. Sequencialidade, contexto e forma linguística. In: SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. M.; ALENCAR, C.N. (Org). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014, p.129-144.

MINAYO, M. C. S. COSTA, A. P. Fundamentos Teóricos das Técnicas de Investigação Qualitativa. Revista Lusófona de Educação. Santa Maria, vol. 40, n. 40, p. 139-153, ago. 2018.

NASCIMENTO, E. P. do. A modalização como estratégia argumentativa: da proposição ao texto. In: Congresso Internacional da ABRALIN, 6., João Pessoa. Anais da ABRALIN, João Pessoa: Editora Idéia, 2009. p. 1369-1376. CD-ROM.

RAJAGOPALAN, K. A nova pragmática: faces e feições de um fazer- relato de uma trajetória pessoal. In: RAJAGOPALAN, K. (Org.). Nova pragmática: fase e feições de um fazer. São Paulo: Parábola Editorial, 2010, p. 7-19.