Da ruptura metabólica à regeneração: a produção de mudas nativas como ferramenta de transformação
DOI:
https://doi.org/10.23925/ls.v28i52.70062Palavras-chave:
ruptura metabólica, restauração ecológica, ecologia marxista, educação ambientalResumo
Este artigo analisa a relação entre o processo de produção de mudas nativas no viveiro florestal e o programa de educação ambiental da Associação Ambientalista Copaíba (AACopaíba), em Socorro-SP. Por meio de uma abordagem qualitativa, que inclui a observação participante, são discutidas as práticas de restauração ecológica na Mata Atlântica, fundamentadas na ecologia marxista e na noção de ruptura metabólica. A análise enfatiza a lógica predatória do capitalismo e seus impactos ambientais, e a educação ambiental crítica como uma estratégia para superar as crises ambientais contemporâneas.
Referências
ANGUS, Ian. Enfrentando o Antropoceno: capitalismo fóssil e a crise do sistema terrestre. São Paulo: Boitempo, 2023.
AACOPAÍBA. Relatório Anual 2023. Socorro: Associação Ambientalista Copaíba, 2024. Disponível em: https://copaiba.org.br/wp-content/uploads/2024/04/Relatorio-Anual-2023-compactado-1-site.pdf. Acesso em 20 mar. 2024.
DUTRA, Rodrigo Marciel Soares; SOUZA, Murilo Mendonça Oliveira de. Cerrado, Revolução verde e evolução do consumo de agrotóxicos. Sociedade & Natureza, Uberlândia, vol. 29, n. 3, p. 473-488, 2017.
FARIA, Vinicius Guidotti. O Código Florestal na Mata Atlântica. Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola - IMAFLORA, 2021.
FOSTER, John Bellamy. Marxismo e Ecologia: fontes comuns de uma Grande Transição. Lutas Sociais, São Paulo, vol. 19, n. 35, p. 80-97, 2015.
____. Marx's ecology: materialism and nature. New York: Monthly Review Press, 2000.
GUIDOTTI, Vinicius, et al. Changes in Brazil’s Forest Code Can Erode the Potential of Riparian Buffers to Supply Watershed Services. Land Use Policy, vol. 94, p. 104511, 2020.
GUIMARÃES, Mauro. Por uma educação ambiental crítica na sociedade atual. Revista Brasileira de Educação Ambiental, São Paulo, vol. 10, n. 2, p. 56-70, 2015.
HARVEY, David. O enigma do capital e as crises do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2011.
LOPES, Arleson Eduardo Monte Palma. Ecologia Política: avanços e desafios. Guarujá: Editora Científica Digital, 2023.
LOUREIRO, Carlos Frederico B. Contribuições da teoria marxista para a educação ambiental crítica. Cadernos CEDES, Campinas, vol. 35, n. 96, p. 323-345, 2015.
MACEDO, Arlei Benedito. Recursos minerais não-metálicos, Estudos Avançados, São Paulo, vol. 12, p. 67–87, 1998.
MARX, Karl. Manuscrito Econômicos e Filosóficos. Boitempo, 2004.
_____. O Capital. Livro 1. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Collected Works. vol. 30. New York: International Publishers, 1975
MELLO, Kaline de et al.. Science and environmental policy establishment: the case of the Forest Act in the State of São Paulo, Brazil. Biota Neotropica, Campinas, vol. 22, n. spe, p. e20211373, 2022.
MÉSZÁROS, Istvan. A crise estrutural do capital. Revista Outubro, São Paulo, n. 4, p. 7-15, 2000.
OLIVEIRA, Carlos Delano Cardoso de et al. Land use in Permanent Preservation Areas of Grande River (MG). Floresta e Ambiente, Seropédica, vol. 25, n. 2, p. e00023015, 2018.
PAULA, Iero Xavier de; FORMIGA-JOHNSSON, Rosa Maria. Segurança hídrica para abastecimento urbano perante condições ambientais e qualidade da água do manancial: o caso da ETA Guandu, RMRJ. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, vol. 28, p. e20220275, 2023.
SCHENBERG, Ana Clara Guerrini. Biotecnologia e desenvolvimento sustentável, Estudos Avançados, São Paulo, vol. 24, p. 07-17, 2010.
SILVA, Maria Aparecida de Moraes; MARTINS, Rodrigo Constante. A degradação social do trabalho e da natureza no contexto da monocultura canavieira paulista. Sociologias, Porto Alegre, vol. 12, n. 24, p. 196-240, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Matérias assinadas não expressam necessariamente a posição do coletivo da revista e são de exclusiva responsabilidade do(a)s respectivo(a)s autore(a)s.
Ao enviar seus textos, o(a)s autore(a)s cedem seus direitos à Lutas Sociais, que autoriza, com prévia permissão do Comitê Editorial, a reprodução das publicações, desde que conste o crédito de referência.