Da ruptura metabólica à regeneração: a produção de mudas nativas como ferramenta de transformação

Autores

  • Claudete Pagotto Universidade Metodista de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/ls.v28i52.70062

Palavras-chave:

ruptura metabólica, restauração ecológica, ecologia marxista, educação ambiental

Resumo

Este artigo analisa a relação entre o processo de produção de mudas nativas no viveiro florestal e o programa de educação ambiental da Associação Ambientalista Copaíba (AACopaíba), em Socorro-SP. Por meio de uma abordagem qualitativa, que inclui a observação participante, são discutidas as práticas de restauração ecológica na Mata Atlântica, fundamentadas na ecologia marxista e na noção de ruptura metabólica. A análise enfatiza a lógica predatória do capitalismo e seus impactos ambientais, e a educação ambiental crítica como uma estratégia para superar as crises ambientais contemporâneas.

Biografia do Autor

Claudete Pagotto, Universidade Metodista de São Paulo

Doutora em Sociologia. Professora de Ciências aposentada da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), São Paulo-SP, Brasil. Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais (NEILS) da PUC-SP e do Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses (GPMT) do IFCH/UNICAMP-SP.

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Publicado

2024-06-30

Como Citar

Pagotto, C. (2024). Da ruptura metabólica à regeneração: a produção de mudas nativas como ferramenta de transformação. Lutas Sociais, 28(52), 71–84. https://doi.org/10.23925/ls.v28i52.70062