O trabalho precarizado entre migrantes retornados do Japão: o caso do município de Marília/SP
DOI:
https://doi.org/10.23925/ls.v24i44.52219Palabras clave:
Trabalho, Migração, Karoshi, Karojisatsu.Resumen
Desde meados da década de 1980, Marília-SP tornou-se ponto de partida de muitos migrantes rumo ao Japão, em busca das atividades industriais rejeitadas pelos trabalhadores japoneses. Passadas mais de três décadas desde o surgimento deste fluxo migratório, repercussões negativas foram constatadas sobre a saúde de muitos destes trabalhadores, após o retorno ao Brasil. O presente estudo, mediante a análise de um conjunto de dados empíricos, buscou analisar a relação existente entre as condições de trabalho enfrentadas por estes trabalhadores nas linhas de produção das empresas japonesas e as altas taxas de suicídios registradas na região de Marília, consideradas, entre os anos de 2013 e 2014, as mais elevadas de todo o Estado de São Paulo.Citas
BARRETO, M. M. S.; HELOANI, J. R. M. Da violência moral no trabalho à rota das doenças e morte por suicídio. In: VIZZACCARO-AMARAL, A. L.; MOTA, D. P.; Alves, G. (Org.). Trabalho e Saúde: a precarização do trabalho e a saúde do trabalhador no século XXI. São Paulo: LTr, 2011.
CORIAT, B. Pensar pelo avesso: o modelo japonês de trabalho e organização. Rio de Janeiro: Revan: UFRJ, 1994.
CHIGUSA, C. T. A quebra dos mitos: o fenômeno dekassegui através de relatos pessoais. Realização IPC (Internacional Press Corporation) Produção & Consultoria, Kanagawa-Ken, Japão, 1994.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho; São Paulo: Cortez – Oboré, 2003.
___________. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
HIRATA, H. Tendências recentes da precarização social e do trabalho: Brasil, França, Japão. Caderno CRH, Salvador, vol. 24, n. especial 1, p. 15-22, 2011.
KAWAMURA, L.K. Para onde vão os brasileiros. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.
MARÍLIA TEM A MAIOR TAXA DE SUICÍDIO DO ESTADO. Portal Marília Notícias, 2016. Disponível em https://marilianoticia.com.br/marilia-tem-maior-taxa-de-suicidio-do-estado/ Acesso em 02 Jan. 2020.
NAKAGAWA, D. I. Migração e saúde mental. In: CARIGNATO, T. T. et al. (orgs.). Psicanálise, Cultura e Migração. São Paulo: YM Editora e Gráfica, p.221-225, 2002.
QUEIROZ, M. (1983). Variações sobre técnica de gravador no registro da informação viva. São Paulo, CERU e FFLCH/USP, Coleção Textos, 4, 1983.
RONCATO, M. S. Dekassegui, cyber-refugiado e working poor: o trabalho imigrante e o lugar do outro na sociedade de classes. Campinas-SP. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Universidade Estadual de Campinas, 2013.
SARGENTINI, M. Overdose de trabalho mata: Dez mil mortes por ano por estresse ou suicídios causados pelo karoshi. Atenção, n. 4, p.43-44, 1996.
SILVA, M. A. M et al. Do karoshi no Japão à birola no Brasil: as faces do trabalho no capitalismo mundializado. Revista NERA (UNESP), vol. 8, p. 74-108, 2006.
SILVEIRA, P. Da alienação ao fetichismo – formas de subjetivação e de objetivação. In: SILVEIRA, P.; DORAY, B. Elementos para uma teoria marxista da subjetividade. São Paulo: Vértice, p.41-76, 1989.
VIEIRA, F. O japonês na frente de expansão paulista: o processo de absorção do japonês em Marília. São Paulo: Pioneira, 1973.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Matérias assinadas não expressam necessariamente a posição do coletivo da revista e são de exclusiva responsabilidade do(a)s respectivo(a)s autore(a)s.
Ao enviar seus textos, o(a)s autore(a)s cedem seus direitos à Lutas Sociais, que autoriza, com prévia permissão do Comitê Editorial, a reprodução das publicações, desde que conste o crédito de referência.