Jovens em perigo ou perigosos? Sobre identidades construídas e forjadas
DOI:
https://doi.org/10.23925/ls.v25i46.54226Palabras clave:
juventude, identidade, racismo, favelaResumen
Este artigo reflete sobre valores relacionados à infância e juventude urbana pobre, com base em manifestações identitárias associadas às facções criminais que operam em territórios de favelas no Rio de Janeiro. Os objetivos perseguidos foram reconhecer e desnaturalizar os estereótipos referentes à infância e juventude negra e favelada, bem como destacar violações e violências sofridas por esses sujeitos. O estudo se baseia em levantamento bibliográfico, documental, pesquisas e trabalhos em comunidades sobre violência e criminalização da pobreza. Como forma de ilustrar as manifestações identitárias e seu conteúdo de denuncia e resistência foram utilizadas letras de funk e pixações. As formas mais contemporâneas de racismo e de preconceitos de classe, geração e pertencimento territorial reeditam o mito das classes perigosas e encontram nas crianças e nos jovens negros periféricos seus destinatários privilegiados. Por considerá-los socialmente ameaçadores são alvos de ações violentas, justificadas pela manutenção da ordem.
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