Eleições e lulismo: dois fatores de desorganização das classes populares

Autores/as

  • Eliel Machado Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.23925/ls.v25i47.61457

Palabras clave:

democracia burguesa; personalização da política; lulismo

Resumen

Este artigo está centrado em dois eixos principais: no primeiro, discutimos teoricamente como as eleições são verdadeiras armadilhas para a organização independente das classes trabalhadoras; no segundo, aproveitamo-nos das valiosas contribuições de Décio Saes sobre a personalização da política (populismo lato sensu) – enquanto efeito econômico, político e ideológico da estrutura capitalista – para analisarmos, brevemente, como o lulismo contribui para a desorganização autônoma das classes populares. Contestamos a tese de André Singer de que o lulismo diz respeito a um realinhamento ideológico nas eleições de 2006 e defendemos seu surgimento no movimento operário do final dos anos 1970, levando em consideração os efeitos da estrutura capitalista.  

Biografía del autor/a

Eliel Machado, Universidade Estadual de Londrina

Doutor em Ciências Sociais. Professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Londrina, onde coordena o Grupo de Estudos de Política da América Latina (GEPAL). Londrina-PR, Brasil.

Citas

BOITO JR., Armando. Os trabalhadores da massa marginal e o golpe do impeachment. Brasil de Fato, 20 jan. 2017. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2017/01/20/os-trabalhadores-da-massa-marginal-e-o-golpe-do-impeachment. Acesso em: 10 jul. 2021.

LÊNIN, Vladimir Ilyich. Esquerdismo, doença infantil do comunismo. São Paulo: Escriba, 1960.

MARX, Karl. O 18 brumário de Luís Bonaparte. In: A revolução antes da revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MILIBAND, Ralph. O Estado na sociedade capitalista. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

NUN, José. “Superpopulação relativa, exército industrial de reserva e massa marginal”. In: PEREIRA, Luiz (org.). Populações “marginais”. São Paulo: Duas Cidades, 1978.

POULANTZAS, Nicos. Poder político e classes sociais. Campinas: Ed. Unicamp, 2019.

_____. A crise das ditaduras: Portugal, Grécia e Espanha. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

PRZEWORSKI, Adam. Capitalismo e social-democracia. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.

SAES, Décio. República do capital: capitalismo e processo político no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2001.

_____. Estado e democracia: ensaios teóricos. Campinas: IFCH, 1994.

_____. Democracia. São Paulo: Ed. Ática, 1987.

SINGER, André. As raízes sociais e ideológicas do lulismo. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 85, p. 83-102, 2009.

Publicado

2023-04-04

Cómo citar

Machado, E. (2023). Eleições e lulismo: dois fatores de desorganização das classes populares . Lutas Sociais, 25(47), 186–197. https://doi.org/10.23925/ls.v25i47.61457

Artículos más leídos del mismo autor/a

1 2 > >>