O pensamento insurgente de Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.23925/ls.v26i49.62428

Palabras clave:

Beatriz Nascimento; Lélia Gonzalez; Movimento Negro; Mulheres Negras.

Resumen

O artigo apresenta algumas das contribuições teóricas de duas intelectuais negras brasileiras: Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento. A militância intelectual de ambas fornece aos estudos sobre a formação social brasileira a perspectiva das lutas e resistências do povo negro. Enquanto uma abordava os quilombos como espaços alternativos de resistência, a outra aprofundava seus estudos e sua militância no interior do movimento de mulheres negras. Suas formulações teóricas as inserem no panteão dos/as intérpretes de um Brasil que até aqui não coube na história oficial.

Citas

BARRETO, Raquel. Introdução: Lélia Gonzalez, uma intérprete do Brasil. In: GONZALEZ, Lélia. Primavera para as rosas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa. São Paulo: Diáspora Africana, 2018a.

_____. Introdução: Beatriz Nascimento, uma breve apresentação. In: NASCIMENTO, Beatriz. Quilombola e intelectual: possibilidades nos dias de destruição. São Paulo: Diáspora Africana, 2018b.

CARDOSO, Cláudia Pons. Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 965-986, 2014.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.

GERBER, Raquel (Dir.). Ori. São Paulo: Angra Filmes. 90 min, 1989.

GÓES, Weber Lopes. Racismo e eugenia no pensamento conservador brasileiro: a proposta de povo em Renato Kehl. São Paulo: LiberArs, 2018.

GONÇALVES, Renata. Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento: contribuições para o combate à tríade capitalismo-patriarcado-racismo. In: ABRAMIDES, Maria Beatriz Costa (org.). Marxismo e questão étnico-racial: desafios contemporâneos. São Paulo: EDUC, 2021, p. 73-86.

GONZALEZ, Lélia. Primavera para as rosas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa. São Paulo: Diáspora Africana, 2018.

_____. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, Brasília, ANPOCS, n. 2, p. 223-244, 1983.

_____. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/93, p. 69-82, 1988.

HOOKS, bell. Intelectuais negras. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, n. 2, p. 464-478, 1995.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

NASCIMENTO, Beatriz. Quilombola e intelectual: possibilidades nos dias de destruição. São Paulo: Diáspora Africana, 2018.

PERICÁS, Luiz Bernardo; SECCO, Lincoln Secco (orgs). Intérpretes do Brasil: clássicos, rebeldes renegados. São Paulo: Boitempo, 2014.

PINTO, Ana Flávia Magalhães; FREITAS, Felipe da Silva. Luiza Bairros – uma “bem lembrada” entre nós, 1953-2016. Afro-Ásia, Salvador, n. 55, p. 215-276, 2017.

RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.

RATTS, Alex; RIOS, Flavia. Lélia Gonzalez. São Paulo: Selo Negro, 2010.

SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

VINHAS, Wagner. Palavras sobre uma historiadora transatlântica: estudo da trajetória intelectual de Maria Beatriz Nascimento. Tese (Doutorado em Estudos Étnicos e Africanos). Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

Publicado

2024-09-27

Cómo citar

Gonçalves, R. (2024). O pensamento insurgente de Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento. Lutas Sociais, 26(49), 213–225. https://doi.org/10.23925/ls.v26i49.62428

Artículos más leídos del mismo autor/a

<< < 1 2 3 > >>