ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA INFANTIL: INTERAÇÕES ENTRE CRIANÇAS E PROFESSORAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2175-3520.2020i51p116-126

Palavras-chave:

Autonomia, Interações, Afetividade, Crianças, Educação Infantil

Resumo

Este estudo investigou as interações e afetividade entre professoras-criança e criança-criança e suas implicações para o processo da autonomia infantil. Observou-se a rotina diária de uma turma de Maternal 2, com 26 crianças de 3 anos, uma professora e uma monitora em um CREI - Centro de Referência em Educação Infantil, na cidade de João Pessoa-PB. A técnica empregada foi a de videogravação de episódios interativos. Os dados foram tratados por meio da análise microgenética, em que os episódios interativos foram divididos em 3 (três) tipos de díades: criança-criança, professorascriança e criança-professoras. Os resultados indicam que as crianças resistiam e construíam sua autonomia entre os pares. É oportuno dizer que encontramos um ambiente com interações intercaladas entre afetivas e proporcionadoras da construção da autonomia (criança-criança) e outras disciplinadoras (professora ou monitora-criança).

Referências

Branco, A. U., & Pinto, R. G. (2009). Práticas de socialização e desenvolvimento na Educação Infantil: contribuições da psicologia sociocultural. Temas em Psicologia, 17, (2), 511-525.

Brasil. (1998). Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Ensino Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC.

Brasil. (2010). Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil nº 01/2009. Brasília: MEC, SEB.

Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da infância. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed.

Dias, A. A. (2005). Educação moral para a autonomia na Educação Infantil: O que Pensam os Professores. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(3), 370-380.

Dias, A. A.; Melo, M. M. de.; Pimenta, S. A., & Silva, R. D. da. (2012). Dimensão da afetividade na constituição da profissionalidade docente. In Pizzi, L. C. V. (Org.)... [et. al.]. Trabalho Docente Tensões e Perspectivas. Maceió: EDUFAL.

Duarte, C. T.; Alves, F. D. & Sommerhald, A. (2017). Interações entre crianças em brincadeira na educação infantil: contribuições para a construção da identidade. Nuances: estudos sobre Educação, 28 (2), 153-173.

Vigotskii, L. S. (2006). Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In L. S. Vigotskii, A. R. Luria., & A. N. Leontiev, Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem (10. ed.). São Paulo, SP: Ícone.

Macêdo, L. C. (2014). A infância resiste à pré-escola?. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba.

Oliveira, M. K. de. (1995). Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. (3. ed.). São Paulo: Scipione.

Pedrosa, M. I., & Carvalho, A. M. A. (2005). Análise qualitativa de episódios de interação: uma reflexão sobre procedimentos e formas de uso. Psicologia: Reflexão e Crítica,18(3), 431-442.

Pedrosa, M. I. (1996). A emergência de significados entre crianças nos anos iniciais de vida. In M. I. Pedrosa (Org.), Investigação da criança em interação social (Vol. 1, n. 4, pp. 49-68). Recife: Editora Universitária da

UFPE. (Coletâneas da ANPEPP - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia).

Souza, L. A. de.; Ortega, L. M. R. (2016). O lugar das interações sociais na educação infantil: contribuições da sociologia da infância e da psicologia histórico-cultural as pesquisas nesse campo. Pedagogia em Ação, 8 (1),1-14.

Tardeli, D. D’ A. (2003). O respeito na sala de aula. Petrópolis-RJ: Vozes.

Vygotsky, L. S. (1989). A formação social da mente. Trad. José Cipolla N.; Luís Silveira M. B.; Solange Castro A. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes.

Wallon, H. (2007). A evolução psicológica da criança. Trad. Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2007. (Coleção Psicologia e Pedagogia).

Downloads

Publicado

2020-11-18

Edição

Seção

Artigos