Práxis na formação de psicólogos para atuação em saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.23925/2175-3520.2023i56p22-30Palavras-chave:
Formação do Psicólogo, Práxis, Acompanhamento Terapêutico, Saúde Mental, Paulo FreireResumo
Um dos maiores desafios para a manutenção e continuidade da Reforma Psiquiátrica no Brasil é a formação de recursos humanos. As diretrizes curriculares dos cursos da área da saúde, incluindo a psicologia, apontam para a articulação entre ensino-pesquisa-extensão e para a inserção dos estudantes em serviços de saúde desde os primeiros períodos dos cursos. No caso específico da formação de psicólogos para a atuação no campo da saúde mental são fundamentais os debates sobre a inserção em equipe interdisciplinar e a articulação entre aspectos clínicos e sociais, que caracterizam a clínica ampliada. Assim, a atuação profissional é pensada a partir de um sujeito concreto em uma determinada situação. A educação pelo trabalho é pensada como uma estratégia pedagógica de articulação entre teoria e prática. Levando em consideração esses argumentos iniciais e tendo como parâmetro as noções de dialogicidade, criticidade e práxis, enfatizadas na obra de Paulo Freire, apresentaremos o estudo de caso do grupo de acompanhamento terapêutico (AT) de um núcleo de pesquisa de uma universidade federal. O grupo de AT desenvolveu atividades de 2014 a 2019, servindo de ferramenta pedagógica para a formação de estudantes de psicologia para a atuação no campo da saúde mental.
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