Pandemia e ensino remoto
repercussões na saúde mental docente
DOI:
https://doi.org/10.23925/2175-3520.2023i56p10-21Palavras-chave:
Professores, Ensino Remoto, Pandemia, Saúde Mental, Escolas PúblicasResumo
A pandemia de Covid-19 trouxe diversos desafios para a área da educação no Brasil, com o fechamento das escolas e a implantação do ensino remoto emergencial. Objetivou-se, neste artigo, avaliar as repercussões da pandemia e da adoção do ensino remoto na saúde mental de docentes sob a perspectiva de gestores de escolas públicas estaduais de Porto Alegre - RS. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de corte transversal e abordagem quantitativa, do qual participaram 51 gestores que responderam a um questionário on-line entre abril e setembro de 2021. Os dados, analisados por meio de estatística descritiva e correlação, revelaram a sobrecarga docente e os sentimentos de medo, frustração e incerteza perante as novas demandas. As correlações mais fortes e positivas foram entre o desafio de adaptar o formato das aulas e as adversidades no uso dos recursos tecnológicos e destes com a sobrecarga de trabalho, intensamente associados ao impacto da pandemia na saúde mental docente. O suporte escolar pareceu fortalecer os docentes perante dificuldades laborais e emocionais, sendo indissociável de políticas públicas que fomentem recursos estruturais à escola e a qualificação profissional. Conclui-se que o desenvolvimento de competências tecnológicas e socioemocionais podem prevenir danos à saúde mental dos professores em desafios vindouros.
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