O “cotidiano” e a “crítica”: uma análise do preconceito sob dois posicionamentos teóricos

Autores

  • Sheila Ferreira Miranda Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Resumo

Procurando confrontar dois pontos de vista teóricos diferentes, busca-se discutir os aspectos objetivos e subjetivos do fenômeno preconceito. Para Agnes Heller, o preconceito é uma categoria fundamental da vida cotidiana e, por mais que se caracterize por interesses e motivações individuais, ele nada pode dizer acerca da individualidade do sujeito que o assumiu, justamente porque provém de uma assimilação de cunho ideológico. Já os autores da Teoria Crítica da Sociedade defendem que o preconceito diz mais do preconceituoso do que do objeto ao qual se dirige, isto porque o estereótipo presente nele, geralmente diz respeito à percepção ou projeção do preconceituoso, que não é totalmente independente do objeto, mas desfigura-o, distorcendo a realidade. Em ambas as visões, o conceito de ideologia demarca a reprodução de valores impostos e socialmente compartilhados, que contribuem para a sustentação, conservação e justificação do preconceito, fator que diminui as possibilidades de alteridade do humano.

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Biografia do Autor

Sheila Ferreira Miranda, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Doutoranda em Psicologia Social pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Membro do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa sobre Metamorfose Humana – atualmente, pesquisando relações raciais e docência universitária.

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Publicado

2012-02-06

Como Citar

Miranda, S. F. (2012). O “cotidiano” e a “crítica”: uma análise do preconceito sob dois posicionamentos teóricos. Psicologia Revista, 21(1), 45–58. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/13582

Edição

Seção

Artigos Teóricos