Dinâmica de prazer e sofrimento de estudantes negras de faculdades de Brasília – Epistemicídio, racismo e machismo
DOI:
https://doi.org/10.23925//2594-3871.2019v28i1p103-124Palavras-chave:
Psicodinâmica do trabalho, mulher negra, educação superior, gênero, raçaResumo
O crescente acesso de mulheres negras à educação superior no Brasil ainda não permitiu suplantar as desigualdades, a população branca ainda é duas vezes maior que a população negra nesses espaços. Neste contexto, os estudos que investigam a relação da mulher negra com o trabalho de estudar são incipientes. O presente artigo teve como objetivo identificar, sob a ótica da psicodinâmica do trabalho, a dinâmica de prazer e sofrimento e as estratégias de mediação de estudantes negras de graduação. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 8 mulheres estudantes de graduação que se identificaram como negras, com média de idade 21,62 anos e DP = 2,82. Por meio de análise no software Iramuteq, foram identificadas categorias a respeito da vivência dessas mulheres negras, sendo elas sua rede de suporte, a ocupação do espaço universitário, sua rotina acadêmica e as experiências com os racismos sofridos. A partir dessas categorias, foi possível identificar: o epistemicídio e racismo institucional que ocorrem quando a presença na universidade e conhecimentos da população negra não são legitimados; a importância da valorização e do reconhecimento dos familiares e a potencialidade de se engajar em mobilização subjetiva e coletiva por meio da ocupação de espaços públicos e cooperação entre pares.
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