De uma utopia estética a uma estética utópica

a linguagem que pulsa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2594-3871.2021v30i2p391-411

Palavras-chave:

psicanálise, utopia, estética, linguagem, Tarkovski

Resumo

Este artigo busca tensionar o significante utopia, a partir de uma articulação com a estética. Com esse intuito, dialogamos, especificamente, com a linguagem cinematográfica, assumindo a premissa de que não aplicamos a Psicanálise ao cinema, mas o cinema à Psicanálise, de modo a construir um percurso mediante o qual podemos escutar os significantes em sua equivocidade. Com a emergência de uma utopia estética, a qual ilustramos com o realismo socialista, entendemos que uma política de linguagem estrita foi colocada em cena, restringindo os jogos com os significantes e, portanto, as possibilidades discursivas. No entanto, nos emaranhados da cultura, entre fechamentos e (re)aberturas, uma estética utópica pode ganhar forma, a qual colocamos para discussão a partir do cinema de Tarkovsky, que aposta em uma linguagem cinematográfica fora dos ditames estéticos vigentes. Nesse sentido, o que está em jogo é a dimensão inventiva da linguagem, o pulsar dos significantes que convocam os sujeitos a posturas distintas.

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Biografia do Autor

Maria Lucia Macari, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga e psicanalista, graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestra em Psicanálise: Clínica e Cultura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista CAPES.

Amadeu de Oliveira Weinmann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicanalista, doutor em Educação / UFRGS. Professor do Departamento de Psicanálise e Psicopatologia e do PPG em Psicanálise: Clínica e Cultura do Instituto de Psicologia / UFRGS.

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Publicado

2021-12-17

Como Citar

Macari, M. L., & Weinmann, A. de O. (2021). De uma utopia estética a uma estética utópica: a linguagem que pulsa. Psicologia Revista, 30(2), 391–411. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2021v30i2p391-411

Edição

Seção

Artigos Teóricos