Habilidades de autorregulação emocional e resolução de problemas interpessoais em pré-escolares
relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.23925/2594-3871.2021v30i2p459-473Palavras-chave:
autorregulação emocional, resolução de problemas interpessoais, educação infantil, saúde mental, prevenção e promoçãoResumo
Este trabalho relata a experiência de um grupo de graduandas, vinculadas ao Programa de Educação Tutorial do Ministério da Educação, sobre a implementação de um projeto de promoção das habilidades de autorregulação emocional e resolução de problemas interpessoais em uma escola de educação infantil. Considera-se a idade pré-escolar como estratégica para intervenções de prevenção e promoção em saúde mental e a escola como o contexto mais propício para intervenções proativas. Participaram aproximadamente 80 alunos, com média de 5 anos de idade, de quatro turmas do segundo período de uma escola municipal de educação infantil da cidade de Juiz de Fora/MG. A intervenção subdividiu-se em dois eixos de trabalho: autorregulação emocional e resolução de problemas interpessoais, realizada mediante seis encontros semanais para cada eixo, com a utilização de recursos lúdicos e audiovisuais. A atividade foi avaliada de forma bastante positiva pelas docentes, que relataram a apropriação e utilização dos conteúdos pelas crianças, bem como a sua transposição para a sala de aula. Conclui-se que projetos dessa natureza devem ser estimulados com maior frequência na escola, considerando seu potencial de prevenção de comportamentos agressivos e promoção de desenvolvimento socioemocional na infância.
Metrics
Referências
Abreu, S., Barletta, J. B., & Murta, S. G. (2015). Prevenção e promoção em saúde mental: Pressupostos teóricos e marcos conceituais. In S. G. Murta, C. Leandro-França, K. B. Santos, & L. Polejack (Orgs.), Prevenção e promoção em saúde mental: Fundamentos, planejamento e estratégias de intervenção (pp. 54–71). Nova Friburgo: Sinopsys.
Amparo, D. M. D., Galvão, A. C. T., Alves, P. B., Brasil, K. C. T. R., & Koller, S. H. (2008). Adolescentes e jovens em situação de risco psicossocial: Redes de apoio social e fatores pessoais de proteção. Estudos de Psicologia, 13(2), 165–174. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2008000200009
Brás, T. A., & Reis, S. C. (2012). As aptidões das crianças em idade pré-escolar. Journal for Educators, Teacher and Trainers, 3(1), 135–147. Recuperado de https://digibug.ugr.es/bitstream/handle/10481/27271/vol03_10_jett_bras_reis.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Brasil. Ministério da Educação. (2006). Manual de Orientações Básicas do Programa de Educação Tutorial. Brasília, DF: Secretaria de Educação Superior. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=338-manualorientabasicas&category_slug=pet-programa-de-educacao-tutorial&Itemid=30192
Chiaparini, C., Silva, I. M. M., & Leme, M. I. S. (2018). Conflitos interpessoais na educação infantil: O olhar de futuros professores e egressos. Psicologia Escolar e Educacional, 22(3), 603–612. https://doi.org/10.1590/2175-35392018037119
Coutinho, S. A., & Ribeiro, S. M. A. (2014). A importância do projeto de educação para a saúde e a sua aplicação em meio escolar. Revista INFAD de Psicología: International Journal of Development and Educational Psychology, 1(1), 211–214. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2014.n1.v1.364
Casali-Robalinho, I. G., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2015). Habilidades sociais como preditoras de comportamentos em escolares. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31(3), 321–330. https://doi.org/10.1590/0102-37722015032110321330
Daniel Tigre em português [Canal do YouTube]. (2015). YouTube. Recuperado de https://www.youtube.com/channel/UC0uzSknyMFmFV6YrKyglYfQ
Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2011). Psicologia das habilidades sociais na infância: Teoria e prática (5. ed.). Rio de Janeiro: Vozes.
Docter, P. (Diretor), & Rivera, J. (Produtor). (2015). Divertida Mente [DVD]. Estados Unidos: Pixar Animation Studios.
Herndon, K. J., Bailey, C. S., Shewark, E. A., Denham, S. A., & Bassett, H. H. (2013). Preschoolers’ emotion expression and regulation: Relations with school adjustment. The Journal of Genetic Psychology, 174(6), 642–663. https://doi.org/10.1080/00221325.2012.759525
Maia, D. S., & Lobo, B. O. M. (2013). O desenvolvimento da habilidade de solução de problemas interpessoais e a convivência na escola. Psicologia em Revista, 19(1), 17–29. https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2013v19n1p17
Milicic, N. (1994). Abrindo janelas. Campinas: Editorial Psy II.
Mr. Plot. (2010). Mundo Bita. Recuperado de https://www.mundobita.com.br/
Norrish, J., Williams, O., O’Connor, M., & Robinson, J. (2013). An applied framework for positive education. International Journal of Wellbeing, 3(2), 147–161. Recuperado de https://www.internationaljournalofwellbeing.org/index.php/ijow/article/view/250
Petersen, C. S., & Wainer, R. W. (2011). Terapias cognitivo-comportamentais para crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed
Petrucci, W. G., Borsa, C. J., & Koller, H. S. (2016). A família e a escola no desenvolvimento socioemocional na Infância. Temas em Psicologia, 24(2), 391–402. http://dx.doi.org/10.9788/TP2016.2-01Pt
Pires, J. (2014). Regulação emocional em psicoterapia: Um guia para o terapeuta cognitivo-comportamental. Psico-USF, 19(2), 355–357. https://doi.org/10.1590/1413-82712014019002016
Reis, A. H., Oliveira, S. E. S., Bandeira, D. R., Andrade, N. C., Abreu, N., & Sperb, T. M. (2016). Emotion Regulation Checklist (ERC): Estudos preliminares da adaptação e validação para a cultura brasileira. Temas em Psicologia, 24(1), 77–96. https://dx.doi.org/10.9788/TP2016.1-06
Rocha, A. M. A. (2016). Compreensão e regulação das emoções: Suas relações com a eficácia na interação social em crianças (Tese de doutorado). Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. Recuperado de https://repositorio.ul.pt/handle/10451/23031
Rodrigues, M. (2015). Educação emocional positiva: Saber lidar com as emoções é uma importante lição. Novo Hamburgo, RS: Sinopsys.
Rodrigues, M. C., Dias, J. P., & Freitas, M. F. R. L. (2010). Resolução de problemas interpessoais: Promovendo o desenvolvimento sociocognitivo na escola. Psicologia em Estudo, 15(4), 831–839. Recuperado de https://www.scielo.br/j/pe/a/cwjJhxrhB9xJHjjzL4xbrDk/abstract/?lang=pt
Schwartz, F. T., Lopes, G. P., & Veronez, L. F. (2016). A importância de nomear as emoções na infância: Relato de experiência. Psicologia Escolar e Educacional, 20(3), 637–639. https://doi.org/10.1590/2175-3539201502031019
Shure, M. B. (2006). Eu posso resolver problemas: Educação infantil e ensino fundamental: Um programa de solução cognitiva para problemas interpessoais (E. M. Marturano, A. M. A. Motta, & L. C. S. Elias, Trads.). Petrópolis, RJ: Vozes.
SuperToons. (2015). O Diário de Mika. Recuperado de http://www.odiariodemika.com.br/
Tessaro, F., & Lampert, C. D. T. Desenvolvimento da inteligência emocional na escola: Relato de experiência. Psicologia Escolar e Educacional, 23(e178696), 1–3. https://doi.org/10.1590/2175-35392019018696
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Júlia Stersi Bonfatti, Ailana Garcia Meira Costa, Amanda Guimarães Lutz, Mayara Oliveira Bastos, Marisa Cosenza Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.