O trabalho com os pais na análise de crianças
Abstract
O objetivo desta investigação é circunscrever o que há no laço entre pais e filhos no âmbito analítico e, a partir dessa delimitação, pensar sobre a função do trabalho realizado com os pais de uma criança em análise. Parto do princípio de que existe um trabalho a ser realizado com os pais e discuto a sua função, uma vez que os pais não se apresentam como pacientes, isto é, não solicitam análise. Assim, pergunto-me se é possível correlacionar o trabalho com os pais e o trabalho inicial de qualquer tratamento analítico. A investigação que se segue está dividida em duas partes. Primeiro delimita-se o que há na relação entre pais e filhos. Segundo, caracteriza-se o que Freud denominava tratamento de ensaio e Lacan chamava de entrevistas preliminares. Por fim, correlaciono a estrutura do trabalho com os pais e as entrevistas preliminares, nas quais encontramos a questão do diagnóstico, do laço transferencial e das retificações subjetivas. Neste primeiro tempo de uma análise, as intervenções do analista ocorrem no campo transferencial. Porém, encontram-se inscritas no âmbito das retificações subjetivas. Neste trabalho, o analista não interpreta os pais, mas faz uso da escuta analítica.
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